Acordo às 7.15 como habitualmente.
Levanto-me, abro o portão ao cão para ele ir brincar com os cães do vizinho (sim, optámos por custódia partilhada: passa as noites comigo e de dia vai brincar com os outros cães), dou de comer aos gatos e ao papagaio.
Às 7.30, começo a acordar o pirralho porque se ele ainda não acordou, significa que o caso está preto. Começa a resmungar e a puxar o edredon até às orelhas. Parece que a coisa vai ser grave. Digo-lhe que tem mais 5 minutos enquanto tomo duche e depois tem mesmo que começar a vestir-se. Deixo a roupa prontinha em cima da cama.
Entro no duche e passado uns segundos entra ele e dirige-se à sanita. So far nada de anormal. Mas ele não sai de lado da sanita... Estranho... Normalmente, faz o que tem a fazer e vai à vida dele... Abro a porta do duche apenas para descobrir que não é xixi o que está na sanita: é a roupa toda que estava prontinha a vestir!
Começo a ferver. Mandou-o para a sala para decidir onde quer apanhar quando eu acabar o banho.
Saio do duche e vou ter com ele à sala. Ralho-lhe (o iato entre a asneira e o sair do banho, salva-o da proverbial palmada no rabo) e dou-lhe o leite. "Num quéio! É muito" "Bebe o que te apetecer e deixa o resto. "Num quéio". Abertura pronunciada de olhos... Sobrancelha arqueada... Respiração pesada e o moço lá percebeu que era melhor começar a beber o leite.
Bebe o leite enquanto eu pesco a roupa da sanita e escolho outra indumentária.
Volto com a roupa lavada. "Tu num pódes mexer-me!" 3 berros e vais vestir, sim senhora, que já me estás a tirar do sério!
Assim que lhe jogo as mãos... Tudo molhado... Ele... A manta... A cobertura do sofá... 2 almofadas... Pois se a sanita estava ocupada com a roupa, onde haveria ele de fazer xixi?
Toca a tirar tudo, lavar o moço e agora vais-te vestir antes que eu me passe a sério e te bata!!!!! "Num quéio" E eis chegado o momento que todas nós conhecemos e em que as nossas mãos ganham vida própria e a minha saltou de mim e aterrou na perna nua dele!
Muita lágrima... Muito choro... Muita baba... Eu já capaz de cortar os pulsos porque já eram quase 9 (hora que começo a trabalhar!). Dá-lhe o rebate o consciência. "Ai mamã... Mamã..." Agarra-se-me ao pescoço... Lá vem a conversa pedagógica. "Porque é que estás assim? Tu nunca te portas tão mal, filho..." "Oh mamã... Eu num queio ir à escoua... Eu quéio ir contigo pá tua festa..."
Resumindo e concluindo: ontem eu disse-lhe que apesar de sermos só nós e uma amiga e respectiva filha, iriamos comemorar o meu aniversário à mesma. Ía comprar bolo e íamos soprar as velas. Até o deixei escolher o boneco para o bolo. Ora, a criatura, ao ver a bata da escola assim que acordou, achou que eu ía espetar com ele na escola e ía fazer a festa sozinha.
Explicações dadas que nunca iria fazer a festa sem ele. E que também ía trabalhar e a festa era só depois do trabalho e da escola. Ainda houve uns soluços "e num faxes a festa sem migo?" Claro que não, patareco. Sem ti não há festa, mesmo...
Lá nos vestimos, deixei-o na escola e cheguei ao escritório com 40 minutos de atraso e os cabelos em pé!!!! É tão bom fazer anos, não é????
10 comentários:
Parabéns, Parabéns !
Pois olha eu não tinha tido a tua paciência e muito antes a minha mão tinha ganho vida própria :S
Uma festa feliz com o teu patareco ;)
parabéns!!!!!!!!!
Vê lá tu a pinta do gajo!!
Tem futuro sim senhora...
:p
Mas que tem graça tem. eheheh. Parabéns, perigosa.
Parabéns!!!
Cristina
Jeito
A fúria desvaneceu-se em mimos :),
Parabéns! Mts parabéns!
Bjs
Parabéns, MQP!
E bons festejos :)
Venho sempre cá, mas nunca comento. Dada a ocasião, não podia deixar de te desejar um feliz aniversário, com tudo de bom que a vida tem.
Adoro ler-te.
Tadinho... até foi por uma boa causa!!! :))
PARABÉNS!!
hehehe
Mas que maneira para começar o aniversário!!
Parabéns!!
Há dias assim...
Ele, no fundo, queria era estar com a Mamã na festa :-))
Parafraseando a outra algarvia: morreste logo ali, não? Parabéns, ainda assim.
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