sábado, 31 de julho de 2010

JÁ ESTÁ

Criança entregue.

Pintei as unhas dos pés de roxo.

Prometi falar com ele todas as noites ao telefone.

Fui tomar o pequeno-almoço e dei por mim de olho nas crianças dos outros porque me faltava de quem tomar conta.

Ele prometeu que todas as noites quando eu telefonasse ele viria para casa.

Vou a banhos agora e acho que já não sei estar na praia ou na piscina deitada de olhos fechados.

Acho que aquilo dos telefonemas vai dar merda.

Já escolhi o vestido para sair logo à noite sem que alguém me perguntasse para que era aquela roupa, onde ia e me dissesse que era muita (ou bueda, que é a palavra do mês) ‘xiro’.

Sobram-me sempre olhos, mãos e tempo quanto estou sem ele.

Amanhã vou mudar os móveis de sitio.

Não gosto que me sobrem olhos, mãos e tempo.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

EU VOU SENTIR A FALTA...

 “Se há coisa que eu costumo dizer é: aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros. Apreciem cada momento e não deixem nada por dizer, nada por fazer.”

António Feio (1954-2010)

E hoje vou rir… Rir muito. Que acho que essa é a melhor maneira de o homenagear.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

À FALTA DE IDEIAS GENIAIS…

Vou ali ver 1 ou 7 episódios disto e tentar não fazer muitas analogias.

CONTAGEM DECRESCENTE

A psique, de facto, é uma coisa fabulosa. Só agora me dei conta que talvez o motivo desta inércia mental seja o facto de faltarem 48 horas para me separar dele por 2 semanas*. Sendo que nos últimos 8 meses, o máximo de tempo que estivemos separados foi 48 horas (uma única vez!). Acho que o meu cérebro se recusa a pensar para não pensar precisamente nisso.

Se o meu lado racional me diz que é bom estarmos algum tempo afastados para ganharmos fôlego, o meu lado galináceo não quer saber dessa conversa para nada! Se o anjinho me diz que ele também deve passar tempo com o pai, o diabinho está-se lixando para o que é justo e diz-me que a vida não tem que ser justa, tough luck!

E precisamente por eu saber quem vai ganhar essa batalha é que tou lerda. É que embora o meu lado racional seja justo, também tem pena de mim. Assim sendo recusa-se a raciocinar.

 

*Isto se ele não decidir, outra vez, que pode passar o dia fora de casa mas quando chega a hora de dormir tem que ir para casa da mãe!!!!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

TOU LERDA…

E a precisar de férias. Acho mesmo que estou incapaz de escrever algo que reflicta um raciocínio minimamente coerente. Para complementar, só me falam de praia, festas e vestidos.

O meu cérebro deve ter entrado em silly season, de certeza!

NÃO VOS ENTUSIASMEIS, MEUS PEQUENOTES...

Que isto foi a chamada chuva de pouca dura e já voltámos à programação habitual.

POR AQUI ESTAMOS ASSIM...

Eu sei que há muita gente por esse areal afora, neste momento, a praguejar mas eu estou a gostar… Muito…

(E a trovoada? E o que eu gosto de trovoada?)

terça-feira, 27 de julho de 2010

SE ISTO FOSSE UM BLOG DA MODA…

Este post chamar-se-ia: “Estado em que este blog se encontra”.

Como não é, resta-me apenas dizer: tá um calor do pénis!!!

SÓ PARA INICIO DE CONVERSA...

Hoje era mesmo isto que me apetecia. Em vez disso, come lá uma nectarina e um iogurte e já gozas.

Juro que cada vez estou mais farta desta coisa chamada consciência…

JÁ ACABÁVAMOS COM A ECOLOGIA NAS ESCOLAS, NÃO?*

É que tenho lá a policia do ambiente a viver em casa. E custa-me, que me custa, cada vez que me esqueço de uma luz acesa, que me apareça a ‘mini-patrulha-ecológica’ com aquele ar de desilusão a dizer:

 

- Oh mãe!!! Temos que apagar as luzes para não gastar energia!

 

Mas custa-me muito mais, acreditem, quando estou a tomar banho à noite e a patrulha se lembra da frase gravada no seu mini-cérebro e me apaga a luz ficando eu a vociferar impropérios enquanto ele segue a sua vidinha apagando todas as luzes da casa com a sua lanterninha na mão. Lanterninha essa que não sei quem raio foi a camela, anormal, que merecia arder no fogo de um vulcão, que lha deu quando foi com ele ver Shrek e decidiu que era uma ganda ideia ainda pagar 2 aérius para passar o resto da vida a ficar às escuras nas alturas em que menos jeito lhe dá.

 

É por estas e por outras que para mim, educação sexual na boinha. Podem até ter modelos da Playboy como professoras. Podem ver filmes explícitos. Agora a sacana da sensibilização ambiental… Quando eu fico lá na casa-de-banho às escuras, costumo dizer várias vezes onde é que a podem enfiar!

 

*Ou, pelo menos, na escola do meu filho, vá…

ATESTADOS DE ESTUPIDEZ

Se há coisa que eu encaixo com grande dignidade é quando me passam atestados de estupidez.

Essas coisas que, normalmente, levam o comum dos mortais aos arames e mais além, a mim elevam-me ao estado zen.

É que se as pessoas colocam aquele ar blasée e dissimulado e me passam o tal diploma, é porque eu mereço, não é?

Então se mereço quem sou eu para interromper os senhores e dizer: “Oiça lá, mas eu tenho cara de parva?”

Não interrompo. Deixo-os escrever tudo até ao fim e na volta do correio a gente conversa.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

COISAS QUE ME FAZEM PENSAR

"Certa noite uma mulher não voltou para casa...
No dia seguinte, ela disse ao marido que tinha dormido na casa de uma amiga.
Desconfiado, o homem telefonou para as 10 melhores amigas da mulher, e...
Nenhuma sabia de nada....

Certa noite um homem não voltou para casa...
No dia seguinte, ele disse à esposa que tinha dormido na casa de um amigo.
Desconfiada, a mulher telefonou para os 10 melhores amigos do marido e...
Oito deles confirmaram que ele tinha passado a noite na casa deles e dois
disseram que ele ainda estava lá!"

Será que eles são mesmo assim tão solidários?



EXEMPLO DE UM MAU PHOTOSHOP

E agora? Qual é a pernita certa?
Eu no lugar desta menina processava o fotógrafo... Mas isto sou eu que tenho mau feitio às segundas-feiras...
 
P.S.: Foto roubadinha do Azul Cueca

sábado, 24 de julho de 2010

E A PERGUNTA DE UM MILHÃO DE EUROS É...

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Quando é que eu ganho juízo e deixo de arranjar sarna para me coçar?

Quem souber a resposta é coisinha para ganhar 1 ou 2 brindes do Happy Meal…

sexta-feira, 23 de julho de 2010

FRANKENSTEIN

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Já toda a gente ouviu falar desta novela de Mary Shelley. O que, no entanto, pouca gente conhece é a história por detrás da obra que, na minha humilde opinião, é bem mais interessante.

No ano de 1815, o monte Tambora, localizado na Indonésia, entrou em erupção lançando um milhão e meio de toneladas de poeira (à semelhança do que tivemos este ano com o vulcão islandês) para a atmosfera que bloquearam a luz solar e fez com que não houvesse Verão em 1816. Mary Wollstonecraft Godwin, solteira, que havia fugido da casa da sua família para viver com o escritor Percy Bysshe Shelley, vai passar o dito Verão com o amante para o Lago Léman, perto de Genebra, levando com eles a sua meia-irmã. Na mesma zona, está Lord Byron (que se tornaria amante da irmã de Mary e, segundo algumas más línguas lá do vilarejo, também teria tirado uma lasquinha da própria Mary) e o seu médico pessoal, John Polidori. O clima, invulgarmente mau, que se fez sentir nessa altura proporcionou que muitos dias e noites se passassem dentro de casa.

Mary, Percy e os dois amigos dedicaram grande parte do tempo a ler, em particular, contos de terror alemães traduzidos para francês (o que a mim me parece um hobby semelhante a arrancar dentes com fio de pesca, mas isto cada um ocupa o tempo como quer ou como pode…) e, a partir deste tema, Byron lança o desafio aos outros convivas: cada um deles escreveria um conto de terror.

À partida, Percy e Byron seriam aqueles que teriam mais probabilidades de ser bem sucedidos na demanda. Mary era uma jovem de 19 anos, com pouca ou nenhuma obra escrita. John era um médico, não um escritor. Percy e Byron eram escritores já experientes e com obra feita.

No entanto, o que parece óbvio nem sempre o é. Deste desafio há 2 coisas que se tornaram famosas. O conto que Mary escreveu e que mais tarde desenvolveu tornar-se-ia uma das obras mais conhecidas no mundo. O que ainda é menos conhecido do cidadão comum, é que John escreve um conto que introduz a personagem Vampiro na literatura ocidental. A personagem desse conto viria mais tarde a inspirar o Drácula de Bram Stoker. O facto, é que dos contos de Byron e de Percy não reza a história.

E agora estão-se todos a interrogar a que raios se deve esta lição de história da literatura. Porque depois do post dos géneros menores, apetecia-me fazer a mesma coisa.

PARA UM SENHOR DE PROVECTA IDADE

Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.


Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.


Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.


E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.

(Vinicius de Moraes - Soneto de aniversário)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

OKAY...

Sai um bocado de esguelha, mas eu consigo viver com isso.

E imagens? Como é?

EXPERIÊNCIAS

Ora vamos lá experimentar postar via mail...

Isto ainda não tínhamos feito...#

E AGORA SE QUEREIS RIR UM BOCADITO…

polonorte in the house

Ide ali ao Pólo Norte mas tenham Cuidado ao Abrir. É que estes meninos decidiram trocar de blogue até à meia-noite de amanhã.

Enquanto a Pólo mostra tudo quanto é gaveta que encontrou lá na xafarica dele, o Capitão promete-nos a queca da nossa vida (o ‘nossa’ é só para gaijas) para amanhã à noite.

Ide, ide e diverti-vos que eu vou lá dar um pulinho a ver se aprendo alguma coisita.

COISAS QUE ME ARREPIAM OS PELOS DA NUCA

POEMA XX

Puedo escribir los versos más tristes esta noche.

Escribir, por ejemplo: "La noche está estrellada,
y tiritan, azules, los astros, a lo lejos."

El viento de la noche gira en el cielo y canta.

Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Yo la quise, y a veces ella también me quiso.

En las noches como ésta la tuve entre mis brazos.
La besé tantas veces bajo el cielo infinito.

Ella me quiso, a veces yo también la quería.
¡Cómo no haber amado sus grandes ojos fijos!

Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Pensar que no la tengo. Sentir que la he perdido.

Oír la noche inmensa, más inmensa sin ella.
Y el verso cae al alma como al pasto el rocío.

¡Qué importa que mi amor no pudiera guardarla!
La noche está estrellada y ella no está conmigo.

Eso es todo. A lo lejos alguien canta. A lo lejos.
Mi alma no se contenta con haberla perdido.

Como para acercarla mi mirada la busca.
Mi corazón la busca, y ella no está conmigo.

La misma noche que hace blanquear los mismos árboles.
Nosotros, los de entonces, ya no somos los mismos.

Yo no la quiero, es cierto, pero cuánto la quise..
Mi voz buscaba al viento para tocar su oído.

De otro. Será de otro. Como antes de mis besos.
Su voz, su cuerpo claro. Sus ojos infinitos.

Ya no la quiero, es cierto, pero tal vez la quiero.
Es tan corto el amor, y es tan largo el olvido.

Porque en noches como ésta la tuve entre mis brazos,
mi alma no se contenta con haberla perdido.

Aunque éste sea el último dolor que ella me causa,
y éstos sean los últimos versos que yo le escribo.

Pablo Neruda, poeta chileno (1904-1973)

GÉNEROS MENORES

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Se há coisa que me fascina há muito tempo é haver quem apelide certo tipo de escrita como menor.

“Ai tu lês Nicholas Sparks? Ai credo, mulher, que parolice!”; “Ai Nora Roberts? Isso é mesmo para donas de casa que não têm nada que fazer.”; “Ai livros de vampiros? K’orror! Detesto ler coisas da moda!”

Meus amores, o que é isso dos géneros menores? É que eu não entendo. Não é menor em vendas… Não é menor em leitores…

Acho que no nosso país há muito o síndrome de intelectualóide. Vamos pegar num exemplo clássico: Margarida Rebelo Pinto! Se esta senhora se assumisse como escritora de literatura de cordel, vocês iam ver o sucesso (ainda maior) que ela tinha. Mas não. No único livro que eu li (e mesmo assim, confesso que não foi até ao fim) dela, ‘Não há coincidências’, há uma tentativa de enrolar uma história simples em palavras mais complicadas do que o necessário para que não se caia na tentação de confundir a escritora com uma autora cor-de-rosa. E qual é o mal de ser uma autora cor-de-rosa, pergunto eu? Porque todos nos querem convencer que são capazes de escrever a Ilíada, mas que ao fazê-lo preferem guardar essa escrita para si mesmo, porque é uma coisa intimista e que aquele livro em especifico que está nas livrarias foi apenas um exercício, um ensaio para alguma coisa, com um objectivo tão especifico que a maioria dos leitores não consegue visualizar tal meta?

Há mercado para o género. Dá dinheiro que se farta. É coisa que diverte a escrever. Porque é que há uma necessidade tão grande de sermos todos Dostoievsky’s? Porque há necessidade de a maioria dos autores no nosso país tentarem justificar a queca da Rita e do João com uma simbologia new age relacionada com um antigo ritual de sacrifico dedicado a uma divindade directamente relacionada com o tamanho do falo e a fertilidade das fêmeas. Haverá assim tanto mal em sexo ser apenas sexo?

Quem fala dos autores de livros, fala dos autores de blogues. Porque há a necessidade de classificar blogues? Aquele é cor-de-rosa; aquele é de politica; aquele é misógino; aquele é menor! O que é um blogue menor? Quer-se dizer, as mesmas pessoas que advogam a ideia de que um  blogue é apenas um blogue e que são todos iguais e blá, blá, blá, whiskas saquetas, no minuto a seguir falam de blogues menores. Sou eu que estou a ver mal ou há aqui um certa incongruência?

Paremos com a adjectivação bacoca, meus senhores. Não há géneros menores. Pode haver géneros que não admiremos, géneros que não apreciemos, mas esses mesmos que nós tanto criticamos são os géneros maiores de muita gente. E eu, que já um dia sonhei ser uma Virginia Lobo (a coisa na nossa língua soa um bocadito estranha), hoje, se me dessem a escolher, era mas é uma Sveva Casati Modignani, uma Nora Roberts, uma Charlaine Harris, uma J.R. Ward… Ia passar os meus dias a criar famílias conflituosas, cheias de dinheiro, com passados obscuros que passam os seus dias a ter cenas de sexo escaldante na despensa e nas cavalariças e na garagem. Os dias em que não estivesse a criar esta gente que se ia tornar assim como que a modos de amigos com quem eu passava horas por dia, ia estar a gozar o belo do dinheirinho que ia ganhar com o ‘género menor’. Essa é que é essa… E com um plano tão fantástico, não sei que raio é que ainda estou aqui a fazer… Ah pois é… É que são menores e tal e não presta e são para donas de casa e para parvinhas, mas não estou assim, de repente, a ver muita gente que conseguisse fazê-lo… Pois é… País de treinadores de bancada, é o que nós somos…

quarta-feira, 21 de julho de 2010

ALICE II

Hoje pediu-me para lhe ler a Alice no sofá em vez de ser na cama.

- Porque aqui é mais rápido e podemos fazer o amor.

- Fazer o quê???????

- Eu encosta ao teu abraço e ficamos assim a fazer amor.

Eu acredito que ele queria dizer fazer miminhos, mas ninguém me tira o ataque de riso, ai isso não tiram!

UM COMENTÁRIO EXPLICADO

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“As 3 melhores coisas na vida são um whisky antes e um cigarro depois.”

(Elisabeth Taylor)

terça-feira, 20 de julho de 2010

A FAMA JÁ CÁ CANTA. CADÊ O PROVEITO?

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Em menos de 48 horas, já me foram imputados (identificados como) dois maridos. Por mim, tudo bem. Eu nem vou recordar que nunca na vida fui casada. A única coisa que desejava que me informassem é a data e local da lua-de-mel que eu estou precisadita de umas férias!

RELATIVIDADES

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Eu: Juro-te que se não tivesse uma total e completa ausência de problemas de auto-estima, estava tramada.

Ela: Eu se estivesse no teu lugar estava na merd@...

Eu: Eu não ligo. Já não ligo a essas coisas. Divertem-me.

Ela: Pois… Além de que quando eles não morrem, literalmente falando, tu já estás no lucro, n’é?

Eu: …

De como eu, às vezes, acho que as minhas amigas me consideram assim género, vá… Tipo… Uma viúva negra?

ALICE

Coelho Branco

Andava com o Coelho Branco há uma série de dias na minha mente. No sábado, dirigi-me à Fnac em busca do boneco na zona de merchandising.

O Projecto de Gaijo, depois de ver 2 minutos do filme enquanto andávamos a passarinhar na Fnac, ficou curioso com a história. Perguntei-lhe se queria que eu lhe lesse o livro. Que era um livro sem desenhos.

Ele: Só com nomes, mãe?

Os nomes para ele são palavras.

Eu: Sim, só com nomes. E temos que ler aos bocadinhos porque é muito grande.

Ele: Tá bem, mãe. Lemos nos miminhos e eu deito-me no teu abraço.

Fui às catacumbas buscar o meu exemplar do livro. Quando eu o ‘herdei’, mais ou menos com a idade dele, já o livro tinha a capa meia desfeita e as páginas amareladas. Era uma colecção de 4 livros que não me recordo se seria da minha mãe ou do meu avô. Mas era antiga. Vá… Velha…Mas é neste livro que eu me lembro de ler a ‘Alice no País das Maravilhas’ neste livro.

Quando desci com o livro, combinámos que ele não brincaria com ele que estava já muito velhinho. A tua Alice está velhinha, pois é, mãe? Pois é, filho…

Nessa noite, quando lhe comecei a ler a história, foi mais uma tradução que uma leitura. O português coloca definitivamente o livro na época do meu avô. E enquanto, eu fazia um esforço para tornar a história perceptível aos ouvidos de 4 anos, interrogava-me como é que eu e a minha irmã lemos aqueles livros assim que começámos a juntar palavras.

No dia seguinte, rendi-me às evidências. Nova visita à Fnac. Vamos comprar uma Alice nova, filho. Vamos mãe? Pois… Porque a tua Alice está muito velha, mãe?

Apetecia-me responder que a minha Alice, tal como a maioria dos velhos, está correcta mas ninguém liga a isso. Que ele, contrariamente ao que eu pensava, provavelmente, nunca irá ler a minha Alice velhinha porque se ele a lesse iria achar que estava cheia de erros ortográficos. Que a minha Alice vai continuar a existir menos velha na lembrança das vezes que lá li as aventuras da menina curiosa que seguiu um coelho branco em direcção ao desconhecido.

Agora, há lá em casa uma Alice novinha. Não a reconheço. Estamos agora a aprender a lidar uma com a outra. Mas nos livros, tal como na vida, por vezes, há que ceder o lugar àqueles que são mais capazes e que cumprem melhor a função a que se destinam. Nos livros, também os novos sucedem os velhos que devem saber retirar-se na altura certa.

Eu vou sempre recordar a Alice Velhinha. O meu filho tem a sua própria Alice. Uma Alice nova com folhas brancas. Resta-me a esperança de que ele, um dia, tenha curiosidade em conhecer aquela velha senhora que tanto fez sonhar a mãe.

domingo, 18 de julho de 2010

É SÓ UM BLOGUE. SÓ UM BLOGUE…

O meu amigo é teimoso. Como é casmurro o meu amigo… Ele gosta de dizer que um blogue é só um blogue. Que nele é possível nada deixar transparecer acerca da pessoa que o escreve nem sobre as suas opiniões e convicções. O meu amigo - e a partir daqui o meu amigo representa todos aqueles (homens ou mulheres) que acham que conseguem mascarar a sua essência com palavras blasée e sarcasmo; todos aqueles que acham que conseguem controlar a quantidade de informação que deixam passar; todos aqueles que acham que a empatia é a irmã do pai da Empata – deveria atentar nas palavras de Abraham Lincoln: “You can fool some of the people all of the time, and all of the people some of the time, but you can not fool all of the people all of the time”. E em alguma altura, alguém vai entender algo sobre a nossa alma que nós pensávamos que tínhamos disfarçado tão bem. Verdade?

Eu poderia dissertar sobre o quão falsa a afirmação do título é, mas já escrevi demais sobre isso. Ainda esta semana escrevi sobre isso. E tal como já disse, o meu amigo é teimoso, muito teimoso. Tão teimoso que só esta semana, me repetiu esta frase, pelo menos, 3 vezes. A grande questão é se ele me tenta convencer a mim ou enganar-se a si mesmo.

É CONTINUAR QUE VÃO POR BOM CAMINHO…

DOTS BANDEAU BRABRAS-TURQUOISE - WHITE - BLACK - PINK - RED-Microfiber

Mas alguém me poderá explicar como se eu fosse realmente muito burra, quem foi o génio que achou que a melhor iluminação num provador de loja de lingerie são mesmo 4 lâmpadas fluorescentes?

É que, pelos vistos, a ideia do iluminado pegou. 4 lojas de lingerie. 4 provadores minúsculos (Sim, que os provadores das lojas são proporcionais ao tamanho da peça de roupa. Foi coisa que também aprendi esta semana). Todas elas carregadinhas de luz fluorescente.

Minha boa gente, eu descobri estrias em locais que nem sonhava que pudessem ter estrias. Cortesia dos provadores.

Estava à espera que a qualquer momento, entrasse também a equipa do CSI com aquelas luzes negras que mostram até o que anda escondido na alma!

Garanto-vos que aquilo é coisa para uma gaija sair dali, atirar os bikinis sem se deter enquanto foge em direcção à porta da rua, em busca da loja mais próxima que possa ter uma camisolinha de gola alta.

sábado, 17 de julho de 2010

NOTICIA DE ÚLTIMA HORA

Quebrei finalmente o silêncio em relação ao filho do Cristiano Ronaldo mas ele deu-me na nervura. O que é que eu podia fazer?

Foi hoje, aqui.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

QUEM É MESMO O PROGENITOR AQUI?

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Depois de um dia de cão. São 21h. Puto ainda não comeu. Ainda não tomou banho. Ainda nada. Saio do supermercado. Enfio-o no carro. Arranco. Pego no telemóvel e digo à avó que o vou deixar lá em casa para ela ao alimentar, enquanto vou à procura da farmácia de serviço.

Durante o telefonema:

Ele: Mãe pátati, mãe, mãe, mãe, mãe, mãe, mãe blá blá.

Eu (desligo o telemóvel e tenho aquele momento sempre higiénico em que perco a cabeça e começo a disparatar muito decibéis acima do aceitável): É sempre a mesma coisa =/&($/#. Estou farta de te dizer que é falta de educação interromperes quando estou a falar com outras pessoas /&(&%%$”#”(=()&(/$#. Tens que ter paciência!!! /)%(/#$//”&”%. BLÁ BLÁ BLÁ (/)($e(%/#/”%#&$%&/()=(/&%$#?=)(/&%#$%&/()BLÁ BLÁ BLÁ (/)($e(%/#/”%#&$%&/()=(/&%$#?=)(/&%#$%&/()BLÁ BLÁ BLÁ (/)($e(%/#/”%#&$%&/()=(/&%$#?=)(/&%#$%&/()BLÁ BLÁ BLÁ (/)($e(%/#/”%#&$%&/()=(/&%$#?=)(/&%#$%&/()BLÁ BLÁ BLÁ (/)($e(%/#/”%#&$%&/()=(/&%$#?=)(/&%#$%&/()

(O ?=)(/&%&/()= Não é hardcore. É mesmo discurso sem sentido de mãe que precisa de banho e cama.)

Ele: …

Eu (estranho que o raisparta do puto não é de se calar. Normalmente, discute comigo): Percebeste?

Ele. Sim, mãe. Mas só queria dizer-te que esqueceste de pôr-me o cinto…

Eu: Merda…

Ele: Isso não diz-se, mãe. É feio…

Eu: Desculpa…

quinta-feira, 15 de julho de 2010

“Aqui o tempo apaixonadamente/Encontra a própria liberdade.”*

Começou por ser esse o objectivo: um sitio onde escrever livremente. Não é grande segredo que eu já fui ‘outra’ na blogosfera mas que devido a circunstâncias pessoais, esse blogue deixou de ser um sitio onde pudesse estar à vontade. E, sejamos realistas, deixou de fazer sentido. Alguns de vocês sabem quem fui, outros apenas conhecem a Mente, outros, ainda, foram apresentados à Mente noutros blogues por onde vou passando.

Mas como eu ia dizendo, o Confissões surgiu das saudades de escrever. Da falta que me fazia a troca de ideias e opiniões.

Este é o 510º post. Ao longo de quinhentos-e-dez posts, fiz amigos, discuti, chorei, ri perdidamente. Acima de tudo, dá-me um gozo do caraças escrever aqui e continua a fascinar-me tremendamente o facto de vocês passarem aqui todos os dias para verem que tipo de disparate me ocorreu nesse dia.

Neste preciso minuto, este blogue celebra o seu 2º aniversário e é neste preciso momento que eu tiro o chapéu, vos faço uma vénia e não posso deixar de dizer: Obrigada. Tem sido uma aventura do caraças…

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O CARTEIRO TOCA SEMPRE DUAS VEZES

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Há para aí gente que me prometeu ‘uma carta escrita, para ti cara bonita’ e, eu já viciada na caixa do correio, ainda não recebi nadica de nada.

Sou uma desgraçada é o que é!!!

AI QUE EU ANDO MESMO DISTRAÍDA…

Cheguei agora à conclusão que este deve ser o único blogue português que ainda não falou:

- Do filho do Cristiano Ronaldo (que não entendo porque se chama Santos);

- Do beijo do Casillas (e acreditem que era coisa que eu gostava de falar por experiência própria);

- Do concurso Miss Maxmen (é googlarem ‘Menina + Penico’ se não souberem do que estou a falar).

E mais grave, este deve ser o único sitio na blogosfera onde nunca se escreveu a palavra: CUPCAKE.

HOJE FOI UM BOM DIA…

Os papeis desapareceram da secretária.

O processo que estava pendente está terminado.

Um desentendimento acabou por não acontecer.

Acabei a jantar com o Projecto e uns amigos no ‘restaurante dos pratinhos às cores que passeiam, não é, mãe'?"’

Os putos deliraram nos ‘supláveis’ depois de jantar.

Deitei cá para fora uma coisa que me andava a incomodar e eu acho que nem tinha dado por isso.

Se todos os dias fossem assim, a vida era bem simples. Mas também vos garanto que era cá uma montanha russa…

segunda-feira, 12 de julho de 2010

POR MUITAS VOLTAS QUE EU DÊ AO TEXTO, NO FINAL...

Break up

“And I wonder if I ever cross your mind
For me it happens all the time”

(Lady Antebellum in “Need you now”)

Volto sempre aquela noite.

Volto sempre ao calculismo dos teus olhos no calor dos meus.

Volto sempre ao momento em que me senti pequena, frágil e impotente. E te senti Deus.

Volto sempre ao teu sorriso e à tua mão na minha.

No final, volto sempre às mãos unidas, aos teus olhos nos meus olhos e à minha boca que teimosamente te dizia que não te queria ver nunca mais quando o contrário disso era tudo o que eu mais desejava.

GOSTAVA DE NÃO TER UMA SACANA DE UMA CONSCIÊNCIA A MELGAR-ME, S.F.F.

conscience

Eu chumbei a Processo Civil II. Eu tinha dito a mim mesma que se chumbasse no exame escrito, não iria à oral nem a exame de 2ª época. Só voltaria a pensar no assunto em Setembro na época de trabalhador-estudante. Os meus colegas todos dizem que faço bem. Toda a gente me diz que faço bem. Estou exausta. Tenho as olheiras nos joelhos.

A oral deve ser hoje e nem pensei nela, mas hoje à tarde olhei para a agenda e vi que o 2ª exame é na próxima sexta-feira. E estou há 1 hora a olhar para o formulário de inscrição online. Uma hora a pensar se vale a pena perder o meu sono nas próximas 4 noites. E o estupor da consciência a dizer-me que não conseguirei ter férias descansada sabendo que não fiz este último esforço. Essa gaija, sim, devia já ter ido de férias há muito.

domingo, 11 de julho de 2010

DA HONESTIDADE…

"I'm selfish, impatient and a little insecure. I make mistakes, I'm out of control and at times hard to handle. But if you can't handle me at my worst, then you sure as hell don't deserve me at my best."

(Marylin Monroe)

DIZ QUE A ESPANHA GANHOU…

Pois… Eu gosto da equipa…

DA ESTATISTICA… HAVIA TANTO PARA SE DIZER DA ESTATISTICA…

Se a vida fosse um jogo de casino, eu teria, naquele momento, 1000 fichas na mão. Teria apostado 500 no preto e, à cautela, as outras 500 no vermelho.

Agora digam-me lá, por Toutanis, quais são as probabilidades da bola saltar do estupor da roleta e aterrar aos meus pés.

Pois… Essas, n’é?

segunda-feira, 5 de julho de 2010

RAISPARTA OS BLOGGERS MASCULINOS E A SUA MANIA DE DIZEREM TUDO

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Ora se no post abaixo, houve um que quase me enlouqueceu com um gato preto, há um que agora manda no meu guarda-roupa.

Não, não tem nada a ver com aquela vez em que a t-shirt de outro blogger apareceu no meu cesto da roupa suja. É outra coisa e que eu passo a explicar.

Aqui há umas semanas apaixonei-me por um vestido preto às bolinhas brancas – vulgo polka dot. Porque me lembrou a minha avó, porque me lembrou a Audrey Hepburn, porque sim.

So far, so good. Vestido ‘arrematado’ e pendurado no roupeiro.

Passado uns dias (é que os sacanas do bloggers gaijos fazem de propósito), li este post. Comecei a ver o vestido com outros olhos. É que eu nunca tinha pensado que padrões específicos pudessem levantar a moral aos senhores, so to speak.

Hoje de manhã, descobri um top com este padrão numa gaveta e, sem pensar, vesti-o. Estou a sair da escolinha do outro que mora lá em casa, vejo o meu reflexo no vidro e a primeira coisa que me vem à mente: Capitão Microondas! Assim, tipo primeiro pensamento do dia fora da rotina normal.

E tem sido assim o dia todo. Se o senhor tem problemas de auto-estima, pode ficar descansado. É que ele tem aqui uma xavala que sem nunca lhe ter posto a vistinha em cima (acho mesmo que nem nunca o comentei), passou o dia todo a pensar nele! Bastava um espelho ou um vidro a fazer reflexo e truxas: Capitão Microondas!!!

É que ainda por cima o pensamento é ridículo. Por amor de Deus, o nome é ridículo. Ainda se fosse: Tim Gunn. Mas não. O que me vem à cabeça é um super-herói com nome de pikeno electrodoméstico.

E o meu olhar desconfiado para tudo quanto era homem que me olhasse para o top? Digo-vos eu que era digno de qualquer paranóica merecedora de lugar cativo na melhor salinha almofadada do país.

É triste ser assim um ser tão influenciável, não é?

DIRECTAMENTE DA ALA PSIQUIÁTRICA

black-cat

Queria agradecer ao Valupi o facto de ter contribuído em grande escala para o aumento exponencial da minha neurose/psicopatia/loucura/whatever.

A minha entidade patronal entrará em contacto com ele acerca do monitor estilhaçado quando o rato deixou de ser suficiente para parar o filhadaputa do gato preto.