sexta-feira, 23 de julho de 2010

FRANKENSTEIN

frankenstein-novel-portrait

Já toda a gente ouviu falar desta novela de Mary Shelley. O que, no entanto, pouca gente conhece é a história por detrás da obra que, na minha humilde opinião, é bem mais interessante.

No ano de 1815, o monte Tambora, localizado na Indonésia, entrou em erupção lançando um milhão e meio de toneladas de poeira (à semelhança do que tivemos este ano com o vulcão islandês) para a atmosfera que bloquearam a luz solar e fez com que não houvesse Verão em 1816. Mary Wollstonecraft Godwin, solteira, que havia fugido da casa da sua família para viver com o escritor Percy Bysshe Shelley, vai passar o dito Verão com o amante para o Lago Léman, perto de Genebra, levando com eles a sua meia-irmã. Na mesma zona, está Lord Byron (que se tornaria amante da irmã de Mary e, segundo algumas más línguas lá do vilarejo, também teria tirado uma lasquinha da própria Mary) e o seu médico pessoal, John Polidori. O clima, invulgarmente mau, que se fez sentir nessa altura proporcionou que muitos dias e noites se passassem dentro de casa.

Mary, Percy e os dois amigos dedicaram grande parte do tempo a ler, em particular, contos de terror alemães traduzidos para francês (o que a mim me parece um hobby semelhante a arrancar dentes com fio de pesca, mas isto cada um ocupa o tempo como quer ou como pode…) e, a partir deste tema, Byron lança o desafio aos outros convivas: cada um deles escreveria um conto de terror.

À partida, Percy e Byron seriam aqueles que teriam mais probabilidades de ser bem sucedidos na demanda. Mary era uma jovem de 19 anos, com pouca ou nenhuma obra escrita. John era um médico, não um escritor. Percy e Byron eram escritores já experientes e com obra feita.

No entanto, o que parece óbvio nem sempre o é. Deste desafio há 2 coisas que se tornaram famosas. O conto que Mary escreveu e que mais tarde desenvolveu tornar-se-ia uma das obras mais conhecidas no mundo. O que ainda é menos conhecido do cidadão comum, é que John escreve um conto que introduz a personagem Vampiro na literatura ocidental. A personagem desse conto viria mais tarde a inspirar o Drácula de Bram Stoker. O facto, é que dos contos de Byron e de Percy não reza a história.

E agora estão-se todos a interrogar a que raios se deve esta lição de história da literatura. Porque depois do post dos géneros menores, apetecia-me fazer a mesma coisa.

3 comentários:

José Pedro disse...

Adorei reler esta história já conhecida, creio que já foi tema de parte de um filme mas não me recordo qual.
Sem assombrações podes continuar.
Um beijo
JP

Dorushka disse...

As mentes mais perigosas sã aquelas com quem se aprende coisas interessantes. Obviamente, és uma dessas mentes.

Mente Quase Perigosa disse...

Obrigada, meus amores.