sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

AS MINHAS SEXTAS-FEIRAS SÃO BIPOLARES

5 Cadeiras feitas.

0 Exames em Fevereiro.

O Orais no horizonte.

Devia ir festejar? Devia. Mas ando aqui com um torcicolo que não mexo o pescoço nem o braço esquerdo desde quarta-feira. Para não falar na soneira que tenho em cima (que não sei se também não é resultado dos comprimidos). Portanto, vou ali enfiar mais um anti-inflamatório, passar a pomada pelo pelo, aquecer o saquinho de lama e, provavelmente, enfiar-me na cama que ainda por cima estou gelada.

Isto da idade é tramado…

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

EU TENHO CÁ PARA MIM…

Que a partir dos 22/23 anos perdi a capacidade de encontrar bons amigos. Só me sai o refugo da espécie!

E isso chateia-me. Acreditem que me chateia à brava!

sábado, 23 de janeiro de 2010

AS MARAVILHAS DA MATERNIDADE

Na fila do PaquesDonáldes (sim, é McDonald’s na língua dele…):

MQP: Queria 2 Happy Meals, por favor. Os brinquedos ainda são os esquilos?

Menina PaquesDonáldes: Ainda.

MQP: Então num dos Happy Meals queria o Simon e no outro queria uma Esquilette, prrrrrrrrlease!!!!!

MP: O Simon é qual?

MQP: O azul dos óculos que toca guitarra.

MP: Ahhh… Ok… Só que eu não sei o que é uma Esquilette…

MQP revira os olhos impacientemente e atira resolutamente “As Esquilettes são as meninas!!!!!!!!” parando um cagagésimo de segundo antes de acrescentar: “Dahhhh!!!”.

Nos olhos dele, a admiração e a veneração por a mãe ser assim tão culta.

Nos olhos da menina, a incredulidade.

Na minha cabeça: Uma gaija lê Os Maias antes dos 12 anos. Antes dos 19, já leu a obra completa de Shakespeare (dramaturgia e poesia!!!!!!!). Sabe recitar de cor ‘A balada da neve’ assim como o ‘If’ do Kipling e ainda dá uns toques em Gustavo Adolfo Bécquer . Cita falas de filmes e ouve as Variações de Goldberg. Já nem falo de saber os prazos de prescrição da responsabilidade civil que isso é quase de cultura geral. Man, a miúda leu Goethe, Schiller e Lessing nas versões originais antes dos 21!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Onde é que ela arranca suspiros de admiração? Digam-me: onde????

Na fila do McDonalds porque sabe que uma Esquilette é uma das meninas do Alvin.

domingo, 17 de janeiro de 2010

SEXTA-FEIRA PASSADA GANHEI ALGUMA COISA…

Pode-se pensar que não. À primeira vista, parece que não. Que foi apenas mais um dia como outro qualquer. Mas não foi. Ri como não me ria há muito tempo. Tive a confirmação em primeira mão de que a hipótese nunca colocada, é sempre a correcta. Transformei pessoas em frangalhos de nervos e amontoados de emoções. Arranjei motivos para gozar comigo própria para os próximos 20 anos. E ainda ganhei 25 euros no euromilhões.

Meus amigos, sexta-feira foi um bom dia!

FELIZMENTE, RECOMEÇOU A ANATOMIA DE GREY…

“I'm in the middle of a divorce. People call me the Nazi, and it's not because of my ice blue eyes. I spend 12 hours a day carving people up, and I like it. I have a child and I have no room for casual anything. I'm angry all the time. ... You want lunch, or you wanna show me the scan?”

(Miranda Bailey in Anatomia de Grey)

É que a malta estava aqui necessitadinha de ver tragédias e derramar lágrimas e achar que nunca vamos vencer, no matter what. Este mesito de ausência dos srs. drs. até nos fez acreditar que a vida poderia ser cor-de-rosa brilhante…

sábado, 16 de janeiro de 2010

NÃO SEI SE ESTÁ NO LIVRO DO SUN TZU, “A ARTE DA GUERRA” MAS SE NÃO ESTÁ DEVERIA ESTAR

Se não conseguires bater o teu adversário, baralha-o até lhe tirares o sono e talvez assim - só mesmo talvez - o consigas vencer pelo cansaço.

BUNGEE JUMPING: DEPOIS

BUNGEE JUMPING: ANTES

E chegados à beira do abismo, a resolução tomada, conforme nos colocam o arnês, começamos sempre a pensar se teremos confiança para saltar.

E, contrariamente, ao homem que se atira de um prédio de 50 andares e que vai repetindo “jusqu’ici tout va bien” para se acalmar, a mim apetece-me gritar a plenos pulmões:

“Man, what a ride!!!!”

Mesmo que o elástico parta…

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

SERÁ QUE SOU SÓ EU QUE ACHO?

Ou nos filmes:

1) as gaijas que conseguem todas as informações com uma ganda lábia;

2) as gaijas mais educadinhas que dizem sempre ‘por favor’ e ‘obrigada’ ou ‘se não desse muito trabalho’;

3) as gaijas que fazem tudo isso com ar de Madre Teresa de Calcutá mas em cima de saltos de 8 centímetros;

São sempre as psicopatas stalkers que nos últimos 10 minutos acabam a enfiar os coelhinhos dentro de uma panela com água a ferver ao lume?

E QUANDO SE DESCOBRE QUE O PECADO MORA AO LADO?

Daniel Radcliffe pictures

Uma mulher não merece verdadeiramente o epíteto de Dory até ter jantado “Bifes Flambé” depois de ter pegado fogo à frigideira, ao som do Call Me Irresponsible do Frank Sinatra, enquanto pensava na quantidade de disparates que se pode fazer até à meia-noite de sexta-feira.

Senhores e Senhoras, a partir de hoje, podem chamar-me, com toda a propriedade, Peixa!!!!!!!!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

COMO É ÓBVIO, ESTÁ A ACONTECER COM UMA AMIGA MINHA*

“No one can stand in the middle of fire and not be consumed...”

(Possession)

Imaginem a seguinte situação:

Estão prestes a fazer a maior tolice da vossa vida adulta. Têm consciência que é um perfeito disparate. Mas é um disparate completamente irresistível.

Se eu tivesse 10 euros por cada vez que cito o Visconde de Valmont no seu célebre: it’s beyond my control”…

É como aquele fondant de chocolate. Nós sabemos que não podemos dar uma só dentada. Sabemos que assim que sentirmos o chocolate derretido no interior, nos vamos perder. Mas vezes sem conta, damos por nós a morder a delícia e a maldizer a nossa fraca vontade. Damos por nós a jurar que não caminharemos esse caminho da perdição novamente, tão somente para na esquina mais próxima aproximarmos os lábios do próximo bolo de chocolate.

É como aquele último copo (é sempre o último que faz mal, não é?) que nos faz jurar nunca mais beber. Até ao dia seguinte…

Agora, se nos dessem tempo para pensar. Se tivéssemos oportunidade de ponderar as consequências? Comeríamos ou não? Bebíamos ou não?

Acaso se pode desculpar um disparate cuidadosamente calculado? E a queda no abismo? A quem se deve imputar a responsabilidade, nesse caso?

A TORRE ENCONADA

O meu filho está a fazer uma torre de lego ‘enombre’.

Só que a torre está ‘enconada’ e por isso ‘pate-se’.

1. Não, não consigo perceber o que é o enconada.

2. Como querem que o corrija se a maioria das coisas da nossa vida se parte desgraça por causa de pessoas coisas enconadas?

domingo, 10 de janeiro de 2010

APETECIA-ME ALGO

Não sei precisar exactamente o quê nem como nem porquê mas apetecia-me.

Sabem aqueles dias em que não sabemos bem o que nos apetece fazer?

Estou num desses e, pela minha saudinha, que acabe de vez esta m***a desta chuva e deste frio que estou a definhar!!!!!!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

“ABANDON HOPE, ALL YE WHO ENTER HERE”

É a expressão que, de acordo com a Divina Comédia, está inscrita por cima da entrada do inferno.

“Todos os que aqui entrem, abandonem a esperança”.

Por vezes, parece-me que devia ser a inscrição aposta no ventre materno. O mundo diz-me que sou uma sonhadora que vive iludida e para quem o desapontamento tem um lugar muito especial guardado. Mas eu nunca liguei muito ao que o mundo dizia, pois não?

Uma das frases que mais comummente ouço é: good things happen when we least expect (ouço em várias línguas, desde já adianto). E isso causa-me alguma espécie.

Significa isso que todos aqueles que sonham, desejam, aspiram, acreditam e esperam coisas boas nunca vão ter sorte na vida?

Será necessário sermos deprimentes e deprimidos e nada esperar para alcançarmos algo positivo?

Andará o mundo assim tão desconcertado, Luis Vaz?

NOTO QUE SOU UMA MULHER DE CONTRASTES QUANDO…

bissierebw6.jpgOlho para o estojo da Hello Kitty empoleirado na agenda da Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva…

sábado, 2 de janeiro de 2010

ESTAVA AQUI A PENSAR QUE É UMA CANSEIRA

Se houve coisa que eu relembrei nesta passagem de ano é que uma Senhora é uma completa fingidora (ai pensavam que era o poeta? Tolos…). Está tão entranhado em nós que o fazemos já sem pensar. Mas quando nos detemos a meditar nisso, percebemos as nossas rugas, o nosso cansaço, a nossa frustração.

A quantidade de vezes em que os sapatos de salto alto nos matam sem que o sorriso nos saia dos lábios enquanto o mindinho está a ser partidos em 1000 pedaços; os infindos momentos em que estamos numa encruzilhada da vida e na nossa cabeça analisamos milhares de caminhos que podemos tomar para resolver a questão, enquanto olhamos em volta e dos nossos lábios apenas sai um “ninguém quer mais uma fatia de bolo?”.

As Senhoras fazem bluff todos os dias da vida delas. Aliás, fazer bluff é a vida delas e depois temos a maior cara de pau do mundo e, sorrindo, ao mundo defendemos a nossa frontalidade como nossa maior virtude e juramos a pés juntos, quando nos apanham naquela fracção de segundos em que mostramos um ar alheado, que estávamos a pensar o que seria o jantar dia seguinte e voltamos a sorrir e toda a gente acredita.