Se houve coisa que eu relembrei nesta passagem de ano é que uma Senhora é uma completa fingidora (ai pensavam que era o poeta? Tolos…). Está tão entranhado em nós que o fazemos já sem pensar. Mas quando nos detemos a meditar nisso, percebemos as nossas rugas, o nosso cansaço, a nossa frustração.
A quantidade de vezes em que os sapatos de salto alto nos matam sem que o sorriso nos saia dos lábios enquanto o mindinho está a ser partidos em 1000 pedaços; os infindos momentos em que estamos numa encruzilhada da vida e na nossa cabeça analisamos milhares de caminhos que podemos tomar para resolver a questão, enquanto olhamos em volta e dos nossos lábios apenas sai um “ninguém quer mais uma fatia de bolo?”.
As Senhoras fazem bluff todos os dias da vida delas. Aliás, fazer bluff é a vida delas e depois temos a maior cara de pau do mundo e, sorrindo, ao mundo defendemos a nossa frontalidade como nossa maior virtude e juramos a pés juntos, quando nos apanham naquela fracção de segundos em que mostramos um ar alheado, que estávamos a pensar o que seria o jantar dia seguinte e voltamos a sorrir e toda a gente acredita.
6 comentários:
A malta sabe isso. Só não dizemos nada porque enquanto vocês estão preocupadas com a dor do mindinho não reparam nas nódoas que já metemos na camisola.
Beijocas, miuda, um Bom Ano! :-)
Soo trueee!!
Gosto da tua frontalidade!
Muito bom post!
Artur, os homens põem nódoas nas camisolas??? Nahhhh... Não pode ser... Estás enganado, só pode!
Bom ano, miúdo!
MMM, mas só nós sabemos quanto...
Thanks, Joker.
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