quinta-feira, 12 de agosto de 2010

E OS NÚMEROS DO EUROMILHÕES, NÃO?

Ontem, 20.30, falta meia-hora para o jogo começar, vestido no sitio, mala a tiracolo, sandálias a serem enfiadas, telefone a tocar. “Tou? Tás em casa?”, “Dentro de 5 minutos, não.”, “O filho quer ir dormir contigo… Vais sair?”

Eu sabia que bastava a 1ª abébia que a coisa ia ser assim. O mais pikeno é um manipulador. O mais grande não sabe lidar com isso. O mais pikeno tem saudades de casa. O mais grande não tem paciência para o cativar. E, eu, o que é que eu faço? Não posso fazer mais. Não posso convencer o mais pikeno que estar com o pai é o máximo da espectacularidade se o mais grande não me der uma mãozinha na concretização. Se bem que neste caso, o mais grande estava deserto para que eu dissesse sim. Gaijos, tapem os óvidinhos, sáxavor, que eu vou falar mal de vocês. É que isto é muito lindo mas cansa. E é verão. E a malta quer sair e com o puto a tiracolo não dá. Esquecemos é que a outra – que por acaso sou eu - tem 2 semanas por ano para não pensar em mãe mode (sim, pensamos de forma diferente. Por exemplo, ontem estava a sair de casa para o ir buscar e voltei atrás para ir buscar uma garrafa de água porque sei que ele vai ter sede. Tanto que sabemos que a 1ª coisa que ele me pediu quando entrou no carro foi água.). E vai daí talvez não esqueçamos. Vai daí é por não esquecermos que fazemos destas. Vai daí, talvez fosse uma ganda ideia, sei lá… digo eu… em vez destas merd@s concentrarmo-nos em falar com o mais pikeno. Explicar-lhe as coisas de forma a que ele perceba. Eu não sou nenhuma sumidade em maternidade. A maioria das vezes, acho mesmo que sou uma merd@. Mas falo com o xavalo, carago. E o puto – que até sai à mãe – até é esperto e entende as coisas. Tanto que entende que bastou-me 5 minutos para lhe explicar porque é que as férias com o pai não tinham acabado. Que foi o que o mais pikeno me informou – ele não pergunta, informa-me – assim que entrou no meu carro. Até porque já lá estava “vai para lá de muitos dias”. De que é que ele sente falta? Da minha comida. Das coisas dele. De dormir bem que ele só dorme bem com a mãe. Bastou mostrar quantos dias dedos faltavam para começar as férias com a mãe e quantos dias dedos é que iam durar e perguntar se por tão poucos dias dedos valia a pena deixar o papá triste. E, não, não foi preciso comprar-lhe um brinquedo ou um filme novo para ele ir. Bastou dar-lhe beijos e brincar aos dedos e dormir abraçadinho. E agora deixa lá ver agora que o mais pikeno já percebeu como levar a água ao seu moinho, o que é que vai acontecer nas 4 noites que faltam.

2 comentários:

Cristina disse...

:) Mãe mode... Lindo... Sinto-me sempre assim! :) Elas de férias com o pai e eu a trabalhar mais que nunca.

Mente Quase Perigosa disse...

O mãe mode é tramado, Cristina. É que a malta ainda não descobriu o botão para desligar aquilo!