Ontem eu dizia a alguém na sequência e por causa do post Nicola que tal como o Shrek, eu preferia deitar as coisas cá para fora. Guardar coisas e/ou mal-entendidos sem os esclarecer dentro de nós torna-nos amargos. Magoa-nos. E, às vezes, sem qualquer necessidade. Muitas vezes, são coisas facilmente solúveis e que só ganham importância porque não as dissemos. Porque as ficámos a remoer.
Hoje, quando estava a fazer a matrícula online para o meu último ano (já vos disse que sou finalista?), lembrei-me de um diálogo que me indispôs mas que eu não disse nada. Que calei em beneficio de um momento de paz. Que calei porque há dias em que me cansa. Mas ficou gravado no meu subconsciente. Tanto ficou que, hoje, ao fazer a escolhas que tinha a fazer, isso me veio à memória.
Amigo de Mente Quase Perigosa: E vais estudar nas férias?
Mente Quase Perigosa: Não. Mas tenho algumas decisões para tomar e tenho que pensar bastante e…
Amigo de Mente Quase Perigosa: Tens que decidir qual é o template novo do blogue, é?
E foi aqui que eu optei por ser a mulher fútil e gira e querida e arrumei o ser pensante que vive dentro de mim na gaveta e debati templates e conteúdos do blogue ainda que o meu template já tivesse sido alterado e eu não tivesse a mínima intenção de o alterar de novo, mas albarda-se o burro à vontade do dono, não? E, hoje, quando tive que fazer a derradeira decisão se iria fazer a parte teórica do Mestrado em simultâneo com o último ano, fi-lo sem saber a opinião de alguém que eu até valorizo. De alguém que sabe dar conselhos. De alguém ponderado que poderia dar uma visão dos prós e dos contras de ambas as opções. E isso, pelos vistos, marcou-me mais do que eu pensei na hora porque o que me veio à cabeça quando fiz a opção esta tarde, foi o playback desse momento e a pergunta: “Os gaijos criticam as mulheres porque são fúteis e só pensam em sapatos e vernizes, mas quando há a mínima hipótese de uma mulher querer falar de algo sério, eles começam a divagar sobre a diferença entre Manolo e Choo e as fúteis somos nós?”
*Shrek in ‘Shrek 1’
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