Era uma vez uma menina que era muito boaziiiiiiiiiiinha. Essa menina vivia no meio da floresta com o seu filho pequenino (pronto, não é tão pequeno assim, mas há uma coisa que se chama liberdade criativa, ok?).
Um belo dia, a menina decidiu que era tempo de voltar a dar um banho de cor no seu belo cabelo que voltava a mostrar restos loiros de umas madeixas de há uns tempos. Lá pegou na burra, foi ao mercado e comprou a tinta do costume. Ao fim da tarde, hora mágica da coloração capilar, lá aplicou a mistela. Quando faltavam 2 minutos para terminar o tempo regulamentar da mistela, o telefone começou a tocar como se disso dependesse a vida de alguém.
Depois de o ignorar o respectivo aparelhómetro por 4 vezes começou a ficar preocupada e foi ver (erro nº1). Era a sua formosa Loira Carregadinha de Sabedoria da Cabeça aos Pés. Ligou-lhe de volta prontinha para lhe dizer "Já te ligo de volta. Vou só tirar isto da carola!" Mas deixou-a falar (erro nº 2).
A mensagem da Loira era simples: O Principe Porta-Chaves (que também já contava na lista das minhas chamadas não atendidas) estava em pleno exame de Penal e não sabia uma coisa qualquer do monismo e do dualismo ou lá o que era. Saberia eu o que era? Disse-lhe que sim (erro nº 3). A tarefa era então mandar-lhe por sms a resposta. E eu assim o fiz (erro nº 4)!!!! De salientar que as teorias monistas são 3 e as dualistas são 4 e a pergunta era de desenvolvimento.
Lembro-me vagamente de ter pensado numa advertência do panfleto da tinta do cabelo: Se deixar passar o tempo indicado a cor pode escurecer... Lembro-me vagamente de ter pensado nisso e ter pensado que isso não me iria acontecer a mim! (erro nº 5 e famous last words) Onde estava eu com a cabeça????? Deve ter sido dos quimicos... Se teria que acontecer a alguém seria a mim com certeza!!!!!
Resultado: a menina boazinha mais uma vez provou que é boa colega, boa amiga, boa companheira, percebe de penal a rodos e provou ainda que fica gira até de cabelo preto!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Enquanto analisava o estrago e pensava se arriscávamos um novo look ou iriamos para damage control e apresentávamos a conta ao Principe Porta-Chaves, dei comigo a pensei como era possível que a maioria das coisas que marcaram a minha vida tinha a duração de um momento.
Um filho-de-uma-grandessima-senhora-de-cama-incerta de um momento que marca. Seja ele o inicio ou o fim de alguma coisa mas marca. E neste momento, eu estou suspensa num desses momentos. Presa a um cagagésimo de segundo. Um estúpido cagagésimo de segundo. A questão é que se antes eu sabia sempre o que marcavam os momentos, agora não faço puto de ideia se este em particular representa o inicio ou o derradeiro final...
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