terça-feira, 22 de julho de 2008

VIVER NO CAMPO...



  • É chegar a casa, depois do exame, ligar o PC.

  • Desejar feliz aniversário a alguém sem saber muito bem se se acertou no dia.

  • Sair para o quintal para fumar um cigarro debaixo das estrelas.

  • Voltar a entrar para ir buscar um chapéu-de-chuva.

  • Sair novamente e tentar assassinar uma cobra bébé, que se passeia alegremente no alpendre, enquanto nos tentamos lembrar das recomendações de uma avó campestre que dizia que era preciso cortar a cabeça.

  • Tentar lembrarmo-nos se isso era em relação às cobras ou aos lagartos enquanto o duelo continua.

  • Decidir que, pelo sim pelo não, optamos mesmo pela decapitação.

  • Anotar mentalmente que temos que por lampadas mais fortes lá fora que aquelas são tão fraquinhas que não conseguimos distinguir de que lado fica a porra da cabeça da cobra.

  • Reduzirmo-nos à nossa insignificância e aceitarmos a nossa incapacidade como serial killers.

  • Convencer a cobra a enrolar-se no bico do chapéu-de-chuva com argumentos inenarráveis mesmo num blog pouco familiar.

  • Atingir os nossos objectivos.

  • Atirar a cobra para fora do quintal, enquanto se reza a todos os santinhos, para que a gaija não decida voltar, acompanhada da familia toda, para fazer uma manifestação de desagrado no jardim.

  • Voltar para dentro e continuar a responder a e-mails como se, efectivamente, o meu dia-a-dia por norma fosse lidar com cobras nas savanas africanas e aquilo que acabara de acontecer fosse absolutamente normal.

3 comentários:

disse...

Quando menos deres conta tens as familias todas de cobras ai da redondeza junto à Câmara ai do burgo a pedir casa porque tu foste violenta e não querem voltar para o campo :))))) (agora fui má).

anne disse...

ai que medo...

que eu nem a olhava segunda vez...

eu tenho um medo irracional desses bichos, grandes ou pequenos.

gabo-te a coragem

Rodrez disse...

E só agora reparei...na estória do exame! Correu bem? Certo de q sim.