- É chegar a casa, depois do exame, ligar o PC.
- Desejar feliz aniversário a alguém sem saber muito bem se se acertou no dia.
- Sair para o quintal para fumar um cigarro debaixo das estrelas.
- Voltar a entrar para ir buscar um chapéu-de-chuva.
- Sair novamente e tentar assassinar uma cobra bébé, que se passeia alegremente no alpendre, enquanto nos tentamos lembrar das recomendações de uma avó campestre que dizia que era preciso cortar a cabeça.
- Tentar lembrarmo-nos se isso era em relação às cobras ou aos lagartos enquanto o duelo continua.
- Decidir que, pelo sim pelo não, optamos mesmo pela decapitação.
- Anotar mentalmente que temos que por lampadas mais fortes lá fora que aquelas são tão fraquinhas que não conseguimos distinguir de que lado fica a porra da cabeça da cobra.
- Reduzirmo-nos à nossa insignificância e aceitarmos a nossa incapacidade como serial killers.
- Convencer a cobra a enrolar-se no bico do chapéu-de-chuva com argumentos inenarráveis mesmo num blog pouco familiar.
- Atingir os nossos objectivos.
- Atirar a cobra para fora do quintal, enquanto se reza a todos os santinhos, para que a gaija não decida voltar, acompanhada da familia toda, para fazer uma manifestação de desagrado no jardim.
- Voltar para dentro e continuar a responder a e-mails como se, efectivamente, o meu dia-a-dia por norma fosse lidar com cobras nas savanas africanas e aquilo que acabara de acontecer fosse absolutamente normal.
Há 11 anos
3 comentários:
Quando menos deres conta tens as familias todas de cobras ai da redondeza junto à Câmara ai do burgo a pedir casa porque tu foste violenta e não querem voltar para o campo :))))) (agora fui má).
ai que medo...
que eu nem a olhava segunda vez...
eu tenho um medo irracional desses bichos, grandes ou pequenos.
gabo-te a coragem
E só agora reparei...na estória do exame! Correu bem? Certo de q sim.
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