terça-feira, 25 de maio de 2010

SÃO ROSAS, SENHOR. SÃO ROSAS...

gliLARGEDanceofTheNatureSpirits[1]

Ela: Tu sabes que estas coisas não me aconteciam antes de te conhecer!!!
Eu: Não? Olha, a mim acontecem-me sempre!
Ela: Oh pá, tens noção que ainda estou a tremer, certo?
Eu: Hum hum…
Ela: Isto só aconteceu porque estou ao telefone contigo…
Eu: Pois…
Ela: Tu sabes que estas coisas não acontecem às pessoas normais, não sabes?
Eu:
Ela: Claro que não sabes… Tu não sabes o que são pessoas normais. E alguém que faça exorcismos? Conheces?
Eu: Por acaso, sim! Mas foge de mim… A única vez que vi a criatura, ele bateu com os olhos em mim, enfiou-se no consultório e só voltou a entreabrir a porta ligeiramente para olhar cá para fora na esperança de que eu me tivesse ido embora…
Ela: Óbvio… E porque que não me surpreende que o próprio exorcista tenha medo de ti?

E o que eu acho piada é que ela não acredita em coisas do Além, nem sobrenaturais, nem reencarnação, nem after-life. Acredita piamente que eu sou estranha. Nisso, ela acredita. Ri-se porque adivinho as coisas mais mirabolantes e imprevisíveis. Abisma-se um pouco quando tropeço acidentalmente nos segredos mais bem guardados. Diz ‘porra’ quando está a pensar em mim e eu lhe ligo (ela não sabe que há uma com quem eu faço o contrário: penso nela para ela me ligar. É que ela não paga chamadas para vodafone!). E hoje, de manhã, acagaçou-se big time (mas desta vez, até acho que não teve nada a ver comigo. But then again, eu acho sempre que esta coisa dos ‘feelings’ nunca tem nada a ver comigo).

Eu aposto sempre naquela teoria dos não sei quantos % do nosso cérebro que não são usados. Talvez eu use mais uns % do que algumas pessoas. E é algo tão natural que não lhe dedico qualquer tempo a analisar. Só quando o pessoal à minha volta começa a praguejar violentamente é que eu me lembro que talvez não seja tão natural para os outros. Mas vai daí também não conheço muita gente que tivesse sessões de mesa de pé de galo a decorrer às sextas-feiras, na sua casa, enquanto cresciam. Ou que tivesse o ombro deslocado e tratado por um curandeiro. Ou que tivesse dormido com uma medalha dada por uma bruxa cosida na almofada até à adolescência sem que o soubesse. Ou a quem ensinassem pequenos feitiços quase desde que nasceu. Ou a quem as tias convidassem para sessões espíritas. Ou que assistisse a discussões infindáveis acerca da veracidade/viabilidade das viagens astrais.

No entanto, eu continuo a apostar na tal percentagem do cérebro que não usamos. Porque se eu apostasse noutras coisas, eu não as saberia explicar e eu tenho certas dificuldades em experienciar coisas inexplicáveis. Portanto, cá vou continuando com a minha estatística mental. Sossegadamente, sem racionalizar muito. Apenas com 2 certezas: mesas de pé de galo, não, muito obrigada. Sessões de meditação? Ide vocês e depois contem-me como foi que eu só fui a uma e se aquilo é suposto acalmar, não é a mim, de certeza.

8 comentários:

Teresa disse...

Que é como quem diz, yo no creo en brujas, pero, desde que te conheci, que las hay, las hay

Fusão do Atomo disse...

Vái de metro satanás!

Mente Quase Perigosa disse...

Estás a falar de mim, Fusão?
Eu sou tão boazinha...

Mente Quase Perigosa disse...

Não te queixes, Tereza. Já viste que és uma pessoa muito mais crente desde que me conheceste?

Encontraste a fé, foi o que foi.

Fusão do Atomo disse...

É contigo pois,.......e detesto boazinhas. As boazinhas vão para o ceu as mázinhas vão para todo o lado.

Sérgio disse...

Fusão, não eram as da SHELL???

Agora vou ali escrever uma carta e já venho.

Mente Quase Perigosa disse...

Fusão, eu vou a todo lado! Até costumo dizer que sou do verbo 'ir'.

Mente Quase Perigosa disse...

(Oba!!! O Sérgio foi escrever uma carta!!!)