quarta-feira, 9 de junho de 2010

AOS 13 DIAS DO MÊS DE OUTUBRO DO ANO DA GRAÇA DE 2005


Foi nessa data que a frase mais emblemática desta personagem que vos escreve se gravou para sempre na minha cabeça.


Para todos aqueles que já se interrogaram o porquê do lema de vida de uma Peixa ser “há perguntas para as quais não queremos saber as respostas”, aqui vai a explicação cabal.


Até à data em epígrafe, a minha convicção resumia-se simplesmente a um simples “nunca fazer perguntas para as quais não saibamos já as respostas” independentemente de gostarmos ou não. Mas nesse dia, eu aprendi que há perguntas que não se fazem meeeeeeeeesmo. Há perguntas para as quais não queremos meeeeeeeeeeeesmo saber a resposta. E acreditem que aprendi à minha custa.


Eram cerca das 10 da manhã de uma quinta-feira. Eu tomava placidamente o pequeno-almoço numa pastelaria ao pé do Hospital onde ia ter com o meu médico. Entre mim e a mesa, a barriga do último dia da 38ª semana de gestação (para os virgens, faltava uma semana e um dia para a bolha rebentar). Entram duas conhecidas. Conversa começa a girar em torno da minha barriga e em como estava ‘quase’.


Mente incauta, olha nos olhos daquela que já tinha sido mãe e faz a pergunta. Aquela pergunta cuja resposta lhe deu a lição que ficou gravada para o resto da sua vida:


- Como é? Como é que descreverias o parto.


E depois, lá veio… A put@ da resposta. A resposta que eu não queria saber:


- Só há uma descrição possível. Foi a minha sogra que ma deu antes de eu ter o meu primeiro filho. It’s like shiting a brick*! É mesmo a sensação que tens. Mas eu tinha epidural…


O Projecto de Gaijo nasceu menos de 24h depois. Eu não tive epidural. Não foi tão mau assim. Mas a imagem foi comigo para a sala de partos. E acreditem que não é uma bonita imagem para se levar para uma sala de partos quando estão prestes a ter o vosso primeiro filho!