segunda-feira, 22 de março de 2010

WHEN A HEART BREAKS, NO IT DON'T BREAK EVEN*

(“Girl with a broken heart” by Sarah Jane Szikora)

Há dias em que sinto, de repente, sem aviso nem complacência, um peso no peito. Um aperto tão grande que sinto dificuldade em respirar. Tento inspirar pouquinho de cada vez. Resistir à tentação de sucumbir ao pânico. Porque te sinto. Porque sei que estás perto. E mesmo que o meu consciente não o registe, o meu subconsciente não mo deixa esquecer.

Como pode a ausência de quem não foi nosso doer tanto quando pensamos no que poderia ser?

Nunca deveria ter decidido arrancar-te de dentro de mim. Mas também, como podia ter adivinhado que tinhas criado raízes no coração? E toda a gente sabe que as ervas daninhas se arrancam pela raiz, mesmo que isso arranque também um bocadito do solo que as mantém.

1 comentário:

Violeta Extravagante disse...

Bonito, lindo, tocante, sensível, ternurento...

Não o devia ter lido hoje...tenho que ir buscar o carro de mão para meter lá o meu coração.