quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A PRINCESA E O LOBO IV

Sempre que Remígia entrava na Terra dos Lobos sentia o desconforto de ser observada. Todos os homens a conheciam e sabiam que era ela, invariavelmente, a portadora das boas e das más (essas mais frequentes) noticias. Talvez por isso, Remígia tenha optado por lá ir de noite, quando menos ou, se a sorte a bafejasse, nenhuns olhos a perscrutariam tentando adivinhar o objectivo da sua visita. Com a capa sobre o rosto, esgueirou-se pelas ruas até chegar ao seu destino. Bateu à porta e quando Jugurta abriu, passou por ele sem lhe olhar o rosto. Quando alcançou o salão, tirou a capa da cabeça e olhou-o, finalmente. Jugurta que não percebeu à primeira quem havia sido a mulher que entrara por sua casa adentro, surpreendeu-se quando, uma vez removida a capa, a mulher se revelou ser Remígia. Apesar de serem os dois os responsáveis pela diplomacia e pela relação entre as duas terras, os encontros entre ambos eram raros, por imposição dela, e as questões eram, por norma, tratadas por carta e mensagens trocadas. Jugurta sabia que só algo muito grave a traria a sua casa, especialmente de noite. Remígia era fria e calculista e nunca demonstrava qualquer compaixão ou mesmo, e os Deuses sabiam o quanto ele lamentava isso, qualquer sentimento de afecto. No entanto, quando ela o olhou, naquela noite, Jugurta quase poderia jurar que tinha visto uma centelha de uma qualquer emoção. A frieza com que ela rapidamente camuflou esse vislumbre fazia vir ao de cima o pior de si e foi com uma voz livre de qualquer emoção que lhe perguntou ao que vinha.

Remígia sempre achara que Jugurta era atraente. Mas também sempre teve medo que essa opinião se baseasse no facto de ter poucos termos de comparação. Mas de uma coisa Remígia não duvidava: o homem era irritante:

- Precisamos falar do décimo sexto aniversário da Princesa. – Disse-lhe ela, enquanto tirava a capa, revelando um corpete com atilhos que o distraiu por alguns segundos, entretido que estava a fazer contas ao tempo de demoraria desapertar os nós. Fazendo um esforço para se concentrar depois de concluir que uma faca afiada resolveria o problema dos atilhos em segundos, acabou por lhe responder secamente.

- Por acaso, estás a sugerir que nós dois organizemos uma festa surpresa? – Sim, havia desdém na voz dele, mas isso não a surpreendia e ela sabia como o levar a ver o problema.

- Não, exactamente. Aliás, o problema é mais teu que meu. Serão os homens que andarão de cabeça perdida disputando a atenção de Amestris. – Ali estava. Toda a atenção dele concentrada nela. Jugurta era o responsável pela segurança da Princesa sempre que ela saía do Reino da mãe e essa era uma missão que ele levava muito a sério. Não só porque acabou por se afeiçoar à menina mas também porque Jefté era o seu melhor amigo. – Nós nem teremos que nos preocupar. Ao fim ao cabo, Amestris é responsabilidade tua quando se encontra do lado de cá… - E dito isto, Remígia começou a colocar a capa vagarosamente.

- Espera. – De costas para Jugurta, ela não pode evitar um sorriso de vitória ao ouvir a palavra. – Vamos conversar. O que achas que devemos fazer?

- Só vejo uma solução. – Remígia voltou a olhá-lo nos olhos. – Nós temos que convencer a Rainha e Jefté a casar Amestris com alguém de outra casa real.

- O quê? Estás louca? Juntar casas reais?

- Sim. Juntar casas reais. Se Amestris vier para aqui conforme está programado, os jovens disputarão os seus favores e sua atenção e quem os controlará? Quem garante a segurança?

- Eu garanto, Remígia. Como sempre garanti a segurança dela mesmo sem me aproximar. Quantas noites ela passou na Terra de Ninguém enquanto crescia? Alguma vez lhe aconteceu alguma coisa? – Jugurta estava furioso com a falta de confiança dela. Porque é que aquela mulher estava sempre disposta a pensar o pior dele?

- Isso eu não discuto porque eu acredito que a conseguisses proteger. – Ele olhou-a surpreendido com o voto de confiança. – Mas isso seria só o principio dos nossos problemas…

- O que é que queres dizer com isso?

- A sucessão.

- Qual sucessão? Quando Litgarda morrer só há uma sucessora: Amestris. Mulher, nada do que dizes faz sentido…

- E quem sucederá Amestris? Tu não vês que se Amestris não casar com outra casa real que garanta a estabilidade e manutenção de Pedras Rubras, o Reino está em risco? Imagina que Amestris tem um filho homem? Vai governar Pedras Rubras a partir daqui? E se for uma mulher? Vai manter a segregação? – Foi uma Remígia que Jugurta desconhecia que lhe agarrou o pulso com força e o aproximou dela para lhe sussurrar – Nós temos que casar Amestris com outra casa real. É a única forma que eu vejo de um dia voltar a unir este povo. Para isso Amestris tem que governar de fora. Sem um homem da Terra dos Lobos que tenha o estigma de ter sido expulso. Que não tenha rancor pelas mulheres… Amestris tem que casar com um homem de fora. Um homem que não odeie, ainda que só em parte, as mulheres de Pedras Rubras.

Pela primeira vez, Jugurta percebeu que o que Remígia pretendia a longo prazo era o fim da separação. E, pela primeira vez, Jugurta questionou-se se isso seria realmente o melhor para os homens.

 

 

ORA LÁ ESTÁ

E EU AINDA ACHO QUE SOU MÁ

Eu a pensar que se calhar não devia ter dito o disse sobre as novas medidas da austeridade, quando descubro que afinal até fui docinha:

‘a austeridade tem destas merdas:
o rating volta a baixar de:
"estão todos fodidos"
para
"além de fodidos, agora vão ser empalados com um ferro em brasa."’

Mas o que é que eu podia esperar de um Valmont?

(E ainda tenho que lhe dar razão…)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

MISTÉRIOS DA FÉ

No dia antes da minha oral, uma colega mandou-me um livro por correio interno. Tínhamos estado a falar dos livros que estávamos a ler uns dias antes e ela recomendou-me aquele e mandou-mo para que eu o lesse.

No dia em que isso aconteceu, esqueci-me do livro no carro e fui de propósito buscá-lo. Não lhe peguei porque tinha que estudar.

No fim-de-semana, decidi começar a lê-lo. Eu tenho a certeza que todos vocês já ouviram falar de buracos negros, certo? Pois...

O Projecto quando era caninito, quando via os aviões desaparecerem no horizonte, costumava dizer "ohhhh caiu!" e eu gozava a dizer que o Triângulo das Bermudas era aqui. O que é um facto é que aquele xavalo nunca me enganou porque livro nem vê-lo.

E dito isto, vou fazer mais uma busca aos 15 quartos da mansão!

A PRINCESA E O LOBO III

A Terra dos Lobos era em tudo semelhante ao Reino das Pedras Rubras. Os homens tinham pegado em todas as lembranças do que lhes era familiar e querido da sua terra e reproduzido ali. Jefté dera indicações para que não só fosse reproduzido o que lhes agradava a eles mas, sobretudo, o que eles sabiam que agradava às mulheres. A sua ideia era seduzi-las, atraindo-as com o conforto, fazendo-as assim deixar Pedras Rubras. Jefté queria ver Litgarda sozinha. Queria que ela sentisse a dor da rejeição como ele sentira no dia em que lhe fora comunicado a decisão real. Não foi ela que lhe disse. Isso magoava-o profundamente. A sua mulher nunca mais lhe falou desde o dia do nascimento da filha. A sua mulher nunca lhe perguntara porque é que ele não estava ao lado dela quando Amestris nasceu. A sua mulher nunca lhe dera o beneficio da dúvida nem uma segunda oportunidade. A poderosa Rainha Litgarda julgou-o e condenou-o sem nunca sequer lhe ter olhado para a cara. E, por isso, Jefté odiou-a. Passou noites infindas a odiar a única mulher que algum dia amou. Passou cada segundo dessas noites a urdir a sua vingança. A desejar vê-la tão sozinha como ele se sentia. Passou as noites a sonhar com isso e os dias a construir a Terra dos Lobos; a transformar a terra estéril para onde ela o lançara em algo com futuro, produtivo.

Quase 16 anos depois, Jefté bem que podia estar orgulhoso do seu trabalho. A Terra dos Lobos era tão produtiva e fértil como o Reino das Pedras Rubras. Jefté era conhecido nos reinos vizinhos como o Rei Sem Coroa. Era respeitado como um Rei e nenhum dos seus vizinhos se atrevia a desafiá-lo. A sua fama de rectidão e justiça precedia-o, bem como a fama da sua inflexibilidade e temeridade. Jefté agia como um homem que nada tinha a perder e, por causa disso, nenhum dos reinos adjacentes corria o risco de o indispor. Todos os soberanos tudo faziam para cair nas suas boas graças. Todos menos Litgarda…

Com o tempo, as noites a odiar Litgarda deram lugar à imensa saudade. Os planos de vingança, eventualmente, transformaram-se numa dor no peito que persistia ao ponto de Servando, o médico, ser consultado apenas para diagnosticar a absoluta ausência de doença.

E foi então que, um dia, Jefté dormiu. Simplesmente dormiu. Dormiu sem pensar o que poderia fazer para enfurecer Litgarda. Dormiu sem dores no peito. Dormiu sem sonhar com o corpo dela debaixo do seu. Simplesmente dormiu. A partir desse dia, Jefté começou a governar a Terra dos Lobos apenas com o objectivo de a ver prosperar, sem o fito de prejudicar Litgarda. Claro que se a oportunidade surgisse de a irritar solenemente, não seria ele que a negaria. Ao fim ao cabo, isso seria quase contra-natura…

Havia apenas uma altura em que o coração dele ainda se apertava com saudades de Litgarda e, essa altura, era o primeiro instante de cada vez que encontrava Amestris. A filha, quase uma mulher já, era a exacta cópia de Litgarda. A Litgarda por quem ele se apaixonara há tantos anos atrás, quando as coisas eram tão diferentes, e Jefté não podia deixar de pensar nisso naqueles primeiros momentos em que via a filha.

E era precisamente nisso que Jefté pensava, à janela do seu quarto, quando Jugurta entrou dizendo-lhe que precisavam falar, precisamente, de Amestris.

NOVELA JÁ, JÁ, JÁ A SEGUIR A UM CURTO INTERVALO PARA COMPROMISSOS COMERCIAIS

Entretanto, deliciem-se com isto.

Liiiiiiiiiiiiiiiiindo de morrer!

É POR ESTAS E POR OUTRAS QUE EU E O PORTEIRO DO BAR DO JOÃO NÃO VAMOS PARA O CÉU

Em plena hora de almoço deparo-me com um livro que se chama “Como falar com um viúvo”.

Pensamento automático: “Boa! Compro o livro e depois só me fica a faltar matar a mulher dele!”

Disclaimer: Isto é uma hipótese académica. Os meus amiguinhos casados podem dormir descansados que eu não encomendei nenhum servicinho à Máfia Calabresa que envolvesse o nome da sua esposa. Toda a gente sabe que eu não tenho dinheiro para a Máfia Calabresa. É que a Ndrangheta é só a Máfia mais perigosa do Planeta, logo deve ser a mais cara. Constou-me que a Camorra (que curiosamente se dedica em grande parte ao fabrico de cimento e talvez daí tenha nascido a tradição do ‘sapatito de betão’) é capaz de ser mais em conta. Como é que eu sei tanto de Máfia? Ora… Eu leio muitos livros… E vejo filmes… Só isso… Só mesmo isso.

DÚVIDA SEMÂNTICA

COMPROMETIMENTO

Isto usa-se regularmente em linguagem empresarial?

COISA MAI LINDA

E chegou o Outono e as folhinhas a cair e os tons castanhos e verdes e o fresquinho ao fim do dia e as castanhas assadas e blá… blá… blá…

Eu, mesmo que não adorasse calor, praia e roupa leve e o chinelo no pé, ainda assim diria para onde poderia ir o romantismo do Outono. E não é um destino turístico!

Ass: Mente Maria em Allergy Mode espirrando que nem uma maluca.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

OS QUE AS MULHERES QUEREM I

Um homem que as olhe nos olhos. Não há nada mais turn off do que alguém que não nos olhe na alma.
Conselho de amiga: olhem-nos nos olhos and work your way down from there!

A PRINCESA E O LOBO II

As mulheres do Reino das Pedras Rubras eram educadas para ter apenas um interesse na espécie masculina: no seu corpo. Educadas com a ideia de que os homens apenas as queriam para sexo e pouco interessados estavam na sua essência, elas haviam aprendido a viver sem eles. Haviam aprendido a viver em comunidades onde dependiam apenas do conforto emocional das mulheres e a abdicar de toda e qualquer ilusão numa relação com os homens que envolvesse mais profundidade do que aquela que dois corpos conseguem alcançar numa noite tórrida de sexo. Certo era que a grande maioria mantinha relações com apenas um homem, pelo menos, de cada vez. Tal não havia sido preestabelecido nem determinado pelas regras impostas por Litgarda mas tinha sido esse o rumo natural que as coisas tinham seguido.

Os homens da Terra dos Lobos, no entanto, nunca iam a Pedras Rubras nem estavam autorizados a contactar nenhuma mulher. Toda e qualquer iniciativa partia exclusivamente delas. A regra imposta pela soberana tinha sido alvo de protestos ao longo dos anos. Mas, impossibilitados de visitar o Reino, nenhuma alternativa restava aos homens a não ser fazer chegar cartas à Rainha. Cartas essas que ela fazia questão de devolver na mesma condição que lhe chegavam às mãos: invioladas. Nem por uma única vez, que se soubesse, a Rainha voltara a comunicar com qualquer membro do sexo masculino. Cabia a Remígia, sua assistente e diplomata, a comunicação com a Terra dos Lobos. Remígia fora incumbida dessa severa missão pouco tempo depois da lei do exílio ter sido proclamada. Doce mas firme, Remígia tratava de todas as questões relativas à prosperidade de ambos os lados, relembrando sempre Litgarda que também os habitantes da Terra dos Lobos eram seus súbditos. Podiam ser homens mas era seus súbditos. Quando a Rainha estava acometida de alguma fúria, Remígia sabia qual o lado a que apelar e relembrava-a de que todos os meninos quando completava 10 anos eram enviados para a Terra dos Lobos. Quereria a Rainha que os filhos, ainda jovens, das suas devotas súbditas passassem necessidades? E com essa frase, Remígia conseguia, invariavelmente, levar boas novas a Jugurta, o seu equivalente na Terra dos Lobos.

Remígia, no entanto, debatia-se agora com um problema. A aproximação do aniversário de Amestris iria causar problemas. A Princesa não era uma qualquer mulher, livre de passear pela Terra dos Lobos e escolher o homem que lhe apetecesse. Se bem conhecia Litgarda, Remígia sabia que a Rainha nunca o permitiria. E foi essa preocupação que a levou a decidir procurar Jugurta pessoalmente.

 

A PUBLICAÇÃO DO SEGUNDO EPISÓDIO DA NOVELA ESTÁ ATRASADO

Façam de contas que o Sporting está a jogar e que a emissão está atrasada por nada de especial.

OH PÁ E A PENA QUE EU TENHO DE SER DISTRAÍDA?


Com esta história da novela, agora apetecia-me que fosse antes um policial. E ponho-me a pensar: "E porque não as duas?" E a gaija que vive dentro de mim, e que é bem mais esperta que eu, relembra-me que Pedro Camacho basta um!

Mas apetecia-me tanto... Uma novela sobre o assassinato de um blogger... Apetecia-me...

Disclaimer: Este post não contem nenhuma mensagem subliminar. A ideia que eu tive foi mesmo esta e não estou a tentar veicular que estou com uma raivinha de estimação. Não há entrelinhas, tá?

BOLO DE CHOCOLATE


Apetecia-lhe um bolo de chocolate. Era tarde. Os escritórios estavam vazios. Ela sabia que apenas um gabinete ainda tinha luz. O dele. Também ele fazia serão esta noite. E a ela apetecia-lhe um bolo de chocolate. Olhou para os sapatos altissimos que tirara quando toda a gente saiu. Voltou a calçá-los. Ía desafiá-lo para um bolo de chocolate no café da esquina. Sentiu o estomago a apertar. Ela sabia há muito tempo que o queria, mas ele punha sempre o ar altivo na sua presença e mantinha a distância dela. Não hoje, decidiu ela. Hoje, ela ía convidá-lo para comer um bolo de chocolate.

Quando apareceu no umbral da porta do escritório dele, pensou em voltar atrás mas ele viu-a antes que ela tivesse tempo de se arrepender. Encostou-se à parede ao lado da porta e disse-lhe ao que vinha e viu a boca dele arquear num meio sorriso. Ele levantou-se e aproximou-se dela e, colocando as mãos na parede onde ela se apoiava, baixou-se e beijou-a. Ao de leve. Tão ao de leve que ela ficou até com dúvidas se tal beijo tinha mesmo acontecido uma vez terminado. Ela começou a senti-lo a afastar-se. Ela não queria que ele se afastasse. Num impulso, puxou-o pela gravata e colou a boca dela à dele, passando os braços em volta do pescoço dele. A reacção dele foi imediata e, agarrando-a pela cintura, levantou-a, forçando-a a enlaçar as pernas na cintura dele para depois a deitar em cima da secretária onde, até instantes antes, estava a trabalhar. Quando deslizou a mão pela coxa dela, ouviu-a gemer o seu nome enquanto a sua mão encontrava a seda húmida da lingerie dela. De olhos fechados, enquanto sentia o calor dela, sentiu a gravata ser-lhe tirada, a camisa a ser aberta e a sua pele a entrar em contacto com a pele dela. Sentiu o corpo dela a arquear por baixo do dele. O cheiro que ele sabia que o perseguiria por muito tempo, inebriando-o, a entranhar-se no seu ser. Sentiu as mãos dela no seu cinto, no seu fecho e, depois, no seu ser. Arrancando de vez o pedaço de tecido que o separava daquilo que ele mais queria na vida naquele momento, ele fundiu-se no corpo dela.

Na sua mente, quando sentiu o corpo dela subir de encontro ao seu, passou vagamente a ideia de que aquele era o melhor bolo de chocolate que tinha comido em toda a sua vida…

Disclaimer: Todo o sexo feito durante este post foi feito de forma segura. O preservativo é o vosso melhor amigo. Nunca o deixem em casa.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

ISTO, SIM, ERA COISA QUE ME FARIA FICAR PARA O RESTO DA VIDA

“És minha e eu não vou afastar-me só porque tens medo.”

(Private Practice)

Sim, sim… Sexo vem já a seguir…

SE EU RECEBESSE 5 EUROS POR CADA PENSAMENTO IMBECIL COM QUE OCUPO A MINHA CABECINHA

O Mini-Saia lançou no facebook a seguinte pergunta: Se fosse para uma ilha deserta e só pudesse levar, entre outras coisas, 3 produtos de beleza, quais seriam eles?

Isso a mim não me diz muito. Nunca pensei muito nisso em termos de produtos de beleza, confesso. Mas houve ali uma resposta com a qual me identifico profundamente e nisso, sim, já eu pensei muitas vezes. E foi a desta menina:

"Um protector solar para não virar lagosta, um shampô 2 em 1 e um revólver para me suicidar quando começasse a ficar uma mulher das cavernas cheia de pêlos e com a pele a escamar...

Sofia Baltazar Knapič"

É que eu nunca entendi porque é que as naufragas e gaijas que caem de aviões ou são raptadas e atiradas para ilhas desertas não ficam com mau aspecto! Carago, a Kate do Lost andou seis temporadas para ali e nem um pintelho se lhe apareceu. Nunca uma sobrancelha lhe cresceu fora do sitio. Sim, eu já ponderei que houvesse gilettes e a moça entre fugir, correr, descobrir os mistérios da ilha, embrulhar-se com os dois gaijos mais giros lá do estamine, ainda arranjasse 2 ou 3 minutos para tratar do pelâme, mas aquilo é uma data de tempo! Havia assim tanta gilette no avião? É que havia lá mais gaijas igualmente de pele lisa como um bebe... Também considerei a hipótese de Deus afinal ser um gaijo muita justo e só deixar que mulheres que tenham feito depilação a laser, previamente, possam sobreviver para chegar à ilha deserta. Mas, lá está, há sempre qualquer coisita que lixa estes meus pensamentos acerca da bondade divina e que me leva, novamente, à certeza de que "Ahhhhh que isto é tudo mentira, pá!"; e, neste caso, a coisita é a Brooke Shields. A bela da Brooke Shields que foi para a ilha era uma pirralha (Lagoa Azul para os mais novitos que possam não saber do que estou a falar e só a conheçam do Lipstick Jungle). Era uma pirralha que foi para a ilha com um pirralho e com um velho tarado e alcoólico. E dizei-me: quem lhe fazia a depilação? Quem lhe ensinou que se devia fazer? E laser ali não havia, sim?

É que parecendo que não, estas coisas agastam-me. Porque eu estou mesmo a ver que quando chegar a minha hora de me ver trancafiada com uma data de Jacks e do outro que não me lembra o nome, a coisa não vai correr assim tão bem. Porque eu acho mal que os senhores da televisão enganem os homens assim. É que quando os Jacks e os comó outro que não me lembra o nome - e se tinha googlado tinha dado menos trabalho – caem numa ilha (eu nunca sei como eles lá chega(ra)m mas isso agora também não é relevante), eles vão à espera de Kates mas disso acho que na maioria das ilhas não há. E eles ao aperceberem-se disso ficam chateados que ficam. Que a gaija quando cai até pode ser jeitosa, mas um mês depois, a coisa começa a descambar e, ao fim de dois meses, eu diria que 'you don't wanna know'…

E são estas as coisas que me amofinam enquanto estou aqui a ouvir o Bublé em dose industrial que acabei por ir buscar o Mêpêtrês/quatro ao carro que me estava mesmo a apetecer e a tentar decidir qual a versão desta música gosto mais…

 

TRADITION SAYS... (XII)

Uma mulher nunca toma a iniciativa.

DAS COISAS PARVAS QUE EU FAÇO

Andava eu aqui no youtube à procura de uma versão sem ser live do I’m your man do Bublé (sim, eu leio o Captain…) e de repente dei por mim a tentar escrever muito depressa e a tentar mudar de página antes que este senhor começasse a cantar. E enquanto escrevia o nome no campo de busca ia ficando cada vez mais perdida de riso porque só pensava: Mas não seria mais fácil carregar no Back do que tentar fazer isto em contra-relógio?

P.S.: Consegui fugir a tempo e não ouvi nada que saísse daquela boquinha. É que não sei se é bom, se é mau. Mas ontem já vi os Ídolos e chegou-me para o resto da semana!

A PRINCESA E O LOBO I

Era uma vez uma Princesa muito bonita que vivia no Reino da Pedra Rubra. A Princesa tinha crescido a ouvir histórias terríveis que sua mãe contava sobre os homens e o pouco que eles valorizavam as mulheres. Tanto assim era que a Rainha (sendo ela a herdeira da coroa) havia banido todos os homens do reino e eram as mulheres que decidiam quando os queriam ver. Para tal saiam do Reino, faziam como lhes aprouvesse e voltavam.

A Rainha havia tomado essa decisão porque o seu consorte era um mulherengo que preferia beber copos e assistir a torneios do que a dar-lhe atenção. “Eram assim todos os homens”, decretara a Rainha , e assinara a lei que condenou todos os homens ao exílio, segurando ao colo a filha recém-nascida a quem chamara Amestris, que significava ‘amiga’, honrando assim a promessa que fizera a si mesma, enquanto dava à luz sem saber do marido, na companhia das suas amigas mais próximas. Foi no instante que segurou Amestris, pela primeira vez, que Litgarda – assim se chamava a Rainha – decidiu que não queria que a filha crescesse sonhando e idealizando o amor e, para prevenir tal inevitabilidade, baniu os homens da corte.

De nada serviram a Jefté, o marido da Rainha, as súplicas, promessas de mudança e arrependimento. Litgarda decidira que esta atitude era o melhor para sua filha e mesmo sabendo que nunca haveria outro homem que a fizesse sentir como Jefté fazia, expulsou-o juntamente com todos os outros. Fora quase há dezasseis anos que Litgarda tomara tal decisão e, em todo esse tempo, nunca mais voltara a ver Jefté com receio de voltar atrás na sua palavra. Durante esse período, Jefté vira a filha várias vezes. Lufinha, a aia da Rainha, levava a criança ao pai à Terra de Ninguém que era o pedaço de terra que separava Pedra Rubra da Terra dos Lobos, domínio dos homens . Amestris via em Jefté um bom pai e um bom amigo mas também via um homem. Aliás, via o único homem que alguma vez conhecera. E, embora o pai lhe parecesse muito diferente de tudo o que a mãe lhe dizia do género masculino, Amestris tinha receio de confiar.

Agora, quase a completar o seu décimo sexto aniversário, Amestris estava prestes a visitar a Terra dos Lobos pela primeira vez. Assim era com todas as mulheres de Pedra Rubra: faziam a sua primeira visita ao antro daquele que muitas vezes viam como inimigo no dia em que completavam dezasseis anos. Assim era com todas as mulheres e assim seria com Amestris.

 

PROGRAMA DE FESTAS

O sexo há-de ser para hoje, que eu sei que estou em falta. Posso sempre alegar que tive uma enxaqueca, não?

Sai hoje, também, o primeiro capítulo de uma novela que se quer diária. Vamos lá a ver se será possível. É uma história dos nossos dias. Cativante… Eu acho que vão gostar… Coisinha assim para vos entreter à hora de almoço que eu sei que é um tempo morto. Se bem que sempre que penso nestas coisas, começo-me a imaginar como o Pedro Camacho e a coisa descamba antes mesmo de começar…

PORQUE EU GOSTO DE PARTILHAR ESTAS COISAS

Em bom rigor vos digo que se Hitler me tinha tido a seu lado, em vez daquela menina da Eva Braun, a nossa língua poderia neste momento incluir palavras com umlauts (google it) e do tamanho de comboios de mercadorias. 

Apre que nem o Diabo me deve querer no Inferno! 

Correcção: o Diabo quando me vir a chegar ao Inferno, demite-se e foge para um sitio mais fresco!

domingo, 26 de setembro de 2010

ELE HÁ COISAS QUE SE DIZEM E QUE SÃO MUITA BONITAS, PÁ...

"Tu és onde tudo começa e acaba para mim."
 

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

UMA PROMESSA DE SEXO

Foi o que eu vos fiz para hoje. E vou cumprir. Mas mais loguinho. Pode ser?

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

UM BLOGUE É SÓ UM BLOGUE V: THE END

É que um blogue é só mesmo um blogue. É o que podemos concluir.

Mas o facto é que estes posts até serviram para quem hibernava há não sei quanto tempo decidir que não podia deixar de molhar a sopa.

É só um blogue, é só um blogue, mas os 'bonecos' acabavam por se tocar...

E, já agorinha, a questão 'para que servem os blogues' é algo que eu não pretendo responder. É que eu acho que os blogues, tal como as vaginas e as pilas, cada um tem a sua e faz com ela o que bem entende!

P.S.: A seguir, acho que vou fazer uma longa dissertação sobre sexo.

UM BLOGUE É SÓ UM BLOGUE IV: DEUS ESTÁ NOS DETALHES

É comum acusarem-me de dar demasiada importância aos pormenores e eu até entendo que seja uma característica importante irritante. Que o digam os meus colegas que se amandam (do verbo atirar-se com muita força) ao ar porque eu pareço aquele magricela das Mentes Criminosas a olhar para um texto em código e de onde sobressaem (aos olhos dele) todas as palavras relevantes, só que eu, para além de não ser magricela, faço isso com os erros. Calculo que seja irritante. Eu ficaria irritada se conhecesse alguém assim. Mas a única que conheço sou eu e eu sou assim como que tolerante para com a minha pessoa.

“E o que é que isso tem a ver com o caso, Mente Maria, que já não te podemos aturar com esta conversa, pá???”

Calma, porque chegamos, agora, à parte dos blogues que eu gosto: as pessoas. E os detalhes. Key Word: detalhes.

A maioria dos bloggers protege a sua identidade…

E eu agora vou revelar a identidade dos bloggers nos 100 primeiros lugar do Blogómetro!

Brincadeirinha… Vá, respirem… Ai não é preciso que nenhum dos 100 primeiros lê isto. Quer dizer que posso revelar? Hummm…

Não é isso. Nada disso. Todos os bloggers são ciosos da sua privacidade e fazem muito bem. Tão ciosos que se/nos convencem que quem escreve aqueles textos é um heterónimo com vida própria e que nada tem a ver com a deles. Já vários me tentaram convencer que aquilo são só uns textos que nada têm a ver com a pessoa por trás do blogue e blá, blá, blá. Mas mais grave do que isso, aqueles que mais argumentam estão efectiva e plenamente convencidos de que nada de si (da sua vida) transparece no que escrevem.

Big, huge, humongous mistake. Na maioria das vezes, quem defende esta ideia tem um rasto de detalhes nos seus textos que permite a qualquer pessoa, que junte as peças do puzzle, aparecer-lhe à frente se assim o entender. Eu sei, eu sei, nem toda a gente olha aos detalhes. A maioria fica-se pela big picture. Mas eu conseguiria fazê-lo e toda a gente sabe que eu nem sou muito esperta. E eu sou igual, que eu faço esse exercício no meu blogue. Com 3 detalhes eu chegaria a mim. É tão simples quanto isso. E, numa outra vida, isso aconteceu-me. E das 3 ou quatro pessoas que eu não conhecia de lado nenhum mas (vim eu a saber mais tarde) me viam todos os dias na minha vida real e que liam todos os dias a virtual, apenas uma, um dia, juntou os pontos e sem me conhecer de lado nenhum, me disse: Oh pá, tu és Xis!!!

Por isso, me faz confusão quando dizem que quem escreve no blogue nada tem a ver com a pessoa da vida real. Que aquilo é só um boneco que escreve em algo que é só um blogue. Digam lá então ao boneco que ele é um ser altamente influenciável e que não tem nada de andar a falar da vida dos outros.

É que Deus está nos detalhes e as algumas pessoas também.

UM BLOGUE É SÓ UM BLOGUE III: MY PRECIOUS

Há uma coisa que nunca ninguém me verá a criticar noutro blogger (vá… muitas coisas que eu até nem sou muito critica. Se não gosto de todo de um blogue não o leio e pronto. Não critico erros ortográficos nem estilos. Eu não sou obrigada a ler se não gosto e se o faço, tenho mais é que me aguentar à bomboca) e essa coisa é a arrogância. E porquê? Perguntam vocês de olho arregalado e expressão incrédula; a arrogância é abominável! Porque eu sou arrogante. Eu entendo a arrogância. Pactuo com ela e deleito-me ao vê-la nos outros. Eu não sou perfeita e nunca tentei convencer ninguém do contrário. Eu nunca me passa pela cabeça que um dia possa escrever mal. Não concebo isso. Concebo, sim, um dia poder não ter nada de jeito sobre o que escrever. Eu sei que posso ser boa se quiser, medíocre se assim o entender, fútil se me der jeito, intelectual o que dá uma trabalheira dos diabos, sexy se me convier. Eu sei o que consigo fazer com palavras e, tenho até para mim que, o Cyrano de Bergerac podia aprender umas coisitas se trocasse uns mailzitos comigo.

Eu, quando, escrevo não é para mim. Eu escrevo porque gosto, porque me dá gozo e porque quero que alguém leia. Quando escrevo para mim, não o faço na blogosfera. Faço-o naquele caderno que guardo lá em casa. Quando escrevo para alguém especifico, faço-o por e-mail ou por carta. Quando escrevo no blog, faço-o para o mundo. Seja esse mundo um universo de 5 ou de 100 pessoas. E faço-o porque quero, não porque a isso seja obrigada. Quando escrevo quero ser lida. Quero que as ideias sejam veiculadas. Que as palavras toquem, pelo menos, uma pessoa. E a opinião dessa pessoa conta. Mesmo que seja negativa, conta. E olhem lá que eu não consigo, mesmo quando me esforço muito, ser odiada e receber comentários anónimos insultuosos. Eu o máximo que consegui foi chamarem-me carapau de corrida e faneca da linha e foi uma vez sem exemplo (maldito cavaleiro que veio em meu socorro e me afugentou aquela fofinha… Havia ali tanto potencial para um ódio de estimação…). Eu entendo o ‘escrevo o que quero e bem me apetece e ninguém tem nada a ver com isso…”. Mas não entendo o “…e estou-me a borrifar para isso”. Porque não acredito. Se as pessoas se estão a borrifar porque dão importância aos comentários? Se lhes é indiferente porque é que respondem a comentários?

Assim como não acredito no “É-me indiferente se me lêem muito ou pouco” e depois é ver nos blogues os sitemeters, os bravenets, os site stats. “Ah e tal é para manter os anónimos com rédea curta”. E eu sou a cara chapada da Grace Kelly.

Eu acho que escrever é um exercício do ego. Ninguém que escreve publicamente acha que o que escreve é uma bosta. Porque se achasse não o faria. Acho que alguém que escreve para si mesmo, não o faz publicamente. Acho que quem escreve publicamente não se está a borrifar para o que os outros acham do que escreve.

Posso acreditar (moderadamente) que possa haver quem escreva que não se rale se as pessoas apreciam a imagem que passa. Posso aceitar isso até certo ponto. Porque até isso chega a um ponto que começa a ter importância porque nós gostamos que gostem de nós (sendo este nós tanto a pessoa como a personagem, mas quanto a essa parte lá chegaremos a seu tempo).

Mas isto é a minha opinião. Vale o que vale. Decerto que pessoas mais experientes e pele mais grossa e que acham que isto são balelas e que eu sou tenrinha e uma querida por pensar assim, a esta hora se reclinam na sua cadeira e pensam: Porra, pá, é só um blogue!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

UM BLOGUE É SÓ UM BLOGUE II: AI NÃO SE PREOCUPE, NÃO FOI INCÓMODO NENHUM

Eu, às vezes, desiludo-me a mim mesma. É que eu sou uma pessoa básica. Não sou brilhante (não importa agora o que professores catedráticos possam pensar, ok?) e não consigo saltar ao pé-coxinho enquanto faço equações de 15º grau. Não consigo. Eu já tentei e sei que não consigo, não vale a pena armar-me ao pingarelho.

E por ter tanta consciência das minhas limitações e da minha inflexibilidade mental e fisica é que eu admiro aqueles para quem um blogue é só um blogue e não algo que lhes dá trabalho ou lhes ocupa tempo. Admiro, pela minha saudinha, que admiro aqueles que para quem escrever um post é o mesmo que ir à casa-de-banho. Eu sei do que falo que eu, há dias, que nem para essa função básica tenho tempo.

Mas, pelos vistos, para várias pessoas para quem um blogue vale o que vale e como tal tem a importância que tem, o facto de ter, pelo menos, 3 posts por dia é algo natural e que ocupa na sua vida o mesmo o tempo e valor que beber um copo de água.

E eu, que ando aqui há não sei quanto tempo a amadurecer estas linhas, a pensar se as escrevo ou não, a delinear a forma, fico dazzled. Dazzled é mesmo a palavra certa... E, confesso, fico invejosa.

Mas, lá está, eu engasgo-me com a minha própria saliva, tropeço nos meus próprios pés e acho que mascar pastilha elástica, enquanto conduzo e ouço música pode ser considerado desporto radical.

UM BLOGUE É SÓ UM BLOGUE I: QUERIDA, ISTO NÃO É O QUE PARECE

Enquanto andava eu a queimar as pestanas para o exame, andava a blogosfera em polvorosa. Não que a blogosfera entre em polvorosa que não entra. Toda a gente sabe que os blogues são apenas isso: blogues. Logo qualquer qualquer sinal de stress ou emoção é apenas isso: uma manifestação cuidadosamente estudada com uma postura deliberadamente escolhida para se ter no (naquele) blogue.

Portanto, como tal, e como um blogue é só um blogue (que eu ainda escrevo uma letra para uma música para isto, pá) - e as pessoas têm vida e querem lá saber do que o que se passa no virtual que isto é só um divertimento – andou 45% da blogosfera ao estalo com outros 45% porque nasceu uma criança, sendo que os restantes 10% fizeram o relato do combate. Cool…

Ainda durante a minha curta ausência, vários e acérrimos defensores da teoria subjacente no título foram nomeados (assim, tipo Oscares mas em bom que os Oscares já não dão estalo e não fazem correr tanta tinta há muito tempo) como ódios de estimação. Mais uma vez, como um blogue é só mesmo isso... Sabem… Um blogue… Lá andou toda a gente a ver se tinha sido nomeada. Só naquela da curiosidade que isto não afecta ninguém. Como é que eu sei? Porra, foram vocês que escreveram sobre isso! Quem foi nomeado por muitos, estava triste porque tinha sido nomeado por muitoS ou satisfeito porque fixe, mesmo fixe é ser odiado. Quem foi nomeado por 1 ou 2, pois que lhe soube a pouco. Quem não foi nomeado pois que estava chateado, que estava. Que isto a malta quando vê aos outros também quer mesmo que seja por causa de uma coisa a que até dedicam pouco tempo e não lhes diz nada e até tanto se lhes dá como se lhes deu. Porque ao fim ao cabo, um blogue é só um blogue. Certo?

É que eu ando a ficar confusa. É que os actos não são compatíveis com as palavras. Mas lá está, eu sou Dory…

P.S.: E, sim, tem continuação. Ai tem, tem…

FIEL, FIEL É O MEU CÃO E MESMO ESSE SE APAIXONOU PELA VIZINHA

fidelidade

s. f.

1. Qualidade de fiel.

2. Fé, lealdade.

3. Verdade, veracidade.

4. Exactidão!Exatidão.

lealdade

s. f.

1. Qualidade ou carácter!caráter de leal.

2. Fidelidade.

3. Sinceridade; dedicação.

(Dicionário Priberam da Língua Portuguesa)

Ora, se os dicionários dão estes dois conceitos como sinónimos, porque é que há para aí tanto homem e mulher a justificar e desculpar as suas traições procurando fazer a destrinça entre se está a ser fiel ou se está a ser leal?

Eu tenho a certeza que não deve ter sido só a mim que já disseram: “tá bem, eu ando com outras mas acima de tudo eu sou leal à minha mulher. Posso não ser fiel mas sou leal*”. O que (pardon my french) caralho é ser leal? A que conceito bacoco de lealdade é que esta gente se agarra para dizer tal coisa? Não será mais fácil assumir que se está a fazer asneira da grossa do que arranjar desculpas esfarrapadas?

Eu acho que já percebi mais ou menos a ideia na cabeça deles. Quando não ciscam por fora são fieis, quando andam a pingar amor aos 4 ventos sentem-se impregnados de um sentido de lealdade quando (i) aliviam a consciência dizendo às respectivas caras-metade**; (ii) têm para com eles que estão numa relação aberta***; (iii) porque sim; (iv) porque eles e Deus sabem que no fundo, no fundo, eles são amam a legítima****.

Uma palavrinha para o vocabulário destes Casanovas de meia-tijela: discrição. Se não conseguem manter a pila dentro das calças, ao menos não tentem atirar areia para os olhos dos outros e para os vossos próprios e, mantenham a vossa vida dupla para vocês mesmos. É um favor que fazem à humanidade, a curto prazo, e a vocês mesmos, a longo.   

* Cada exemplo é válido para ambos os sexos, fazendo-se referência apenas a um para economia de palavras. E não, não me puseram os palitos. Mas não quer dizer que eu goste de ouvir estas coisas mesmo quando não sou parte interessada.

** E o que elas vos agradecem (not) essa ‘sinceridade’?

*** Pelo menos, na parte que lhes toca porque se o outro lado lhes fizer igual, aí a coisa já pia mais fina, não é, meus amores?

**** Porque o conforto do conhecido é um contraponto tão bom para a adrenalina do incógnito.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DE UM NOME...

"What's in a name? That which we call a rose
By any other word would smell as sweet..."

(Romeu & Juliet)

E GRAÇAS A ESTA GENTE OPINATIVA...

Fiquei a saber que a nossa selecção vai jogar com muito mais tranquilidade.

(Arre que andei mesmo fora do mundo na última semana)

E QUEM DIZ FUTEBOL, DIZ OUTRA COISA QUALQUER QUE SE É PARA OPINAR, NINGUÉM SE ARMA EM ESQUISITO

4 Mulheres e 1 homem almoçam juntos. Elas giras, óculos escuros giros, sapatos de 10 cms e assim. Com aspecto cuidado e vaidoso. Ele reservado (benzódeus). Da boca das gaijas não se ouviu palavra que não versasse futebol, treino de bancada, criticas a jogadores e equipa técnica. É que elas correram as equipas todas e ainda quase deram uma perspectiva da 2ª divisão. Não fosse a hora de almoço tão curtinha ainda discutiam juniores e juvenis.

Percebem porque é que eu não falo  nada de moda? É que eu privo com estas gaijas. Elas não se detêm a tecer grandes considerações acerca do verniz verde seco da Sephora, não. Das duas, uma: ou compram, experimentam por elas próprias e assunto encerrado ou esperam que as gaijas cor-de-rosa do costume o façam, depois analisam e, se for caso disso, gozam que nem umas perdidas (e não, não vou dizer quem são as gaijas cor-de-rosa). Mas perguntem-lhes acerca da temática Mourinho ou sobre o Jesus ou sobre o Paulo Bento. Perguntem que elas empoleiram-se nos saltos agulha, tiram o óculito e cá vai disto.

ACHEI QUE DEVIA REGISTAR O EVENTO

Hoje comi um cupcake pela primeira vez.

Não sinto que a minha vida tenha mudado.

ÀS VEZES, ACHO QUE MAIS VALE ANDAR COM A CABEÇA ENFIADA NOS LIVROS

Então, uma gaija anda aqui a actualizar-se e depara-se com esta pérola da MRP?

Eu, que de psicologia não percebo nada, nem vou tentar analisar se foi froquilhada por uma gorda, se tem inveja das gordas, se está numa dieta que exclui hidratos de carbono e felicidade ou se é, pura e simplesmente amarga por natureza. Não, não vou dizer que é mal fodida porque isso implicaria que um desgraçado qualquer abdicasse de comer uma gordinha bem disposta e tivesse que emborcar 10 caipirinhas intervaladas com shots de Gold Strike, para, de seguida, mergulhar no mundo de fel/corpo magro (riscar o que não interessa) desta autora e, como toda a gente sabe, depois de 10 caipirinhas intervaladas com shots de Gold Strike não há macho (ou fêmea, mas isso agora não interessa nada) que faça um serviço exímio e sem falhas mas também não sou eu, neste caso especifico, que o vou condenar por isso.

LÁ AS OUTRAS PODES LAVAR COMO ENTENDERES!

Ontem, o Projecto de Gaijo ficou com uma amiga minha enquanto fui à minha vidinha. Eles lá andaram a fazer as coisas deles e chegados à hora do banho, ela disse-lhe que não sabia lavar pilinhas porque só tinha meninas lá em casa. Ele lá lhe demonstrou como se fazia a higienização do órgão e, depois de terminado, esclareceu-a de forma cabal:

- ESTA, lavas assim!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

VENHA MAS É A VIAGEM

E para comemorar ser finalista do curso mais atribulado da história do ensino superior, come-se uma fatia de bolo de brigadeiro com chá de maçã e canela. 
Se havia maneiras melhores de comemorar? 
Havia (uiiiii se havia...)
Mas esta é deliciosamente pecaminosa.

domingo, 19 de setembro de 2010

'EU SOU UMA ARTISTA MUITO ABERTA'

Como é que eu não vejo isto sempre?
O potencial disto é fabuloso!

DESCULPEM LÁ...

Mas estava mesmo uma fulana no Ídolos a cantar para uma embalagem de desodorizante ou sou eu a alucinar?

terça-feira, 14 de setembro de 2010

UM DIA...

Esta não é a melhor altura. 
És a pessoa certa no momento errado. 
É tudo uma questão de timing. 
Um dia vou ganhar melhor. 
Um dia vou comprar um carro. 
Um dia vou convidar a mulher dos meus sonhos para sair. 
Um dia vou resolver o imbróglio que é a minha vida.
Um dia vai ser tarde demais.

E as pessoas continuam a adiar as suas vidas à espera de um dia. 
Se há uma coisa que aprendi nesta vida é que o dia pode não chegar.
Façam lá um jeitinho: quando acabarem de ler este post, vão lá beijar alguém que desejem muito beijar. Não precisa de ser uma promessa de amor eterno. Basta que seja uma afirmação de 'aqui e agora estou vivo'. É que um dia pode ser tarde demais.

Ide, ide... Estão à espera do quê? Que eu escreva The End? Mexam-se! 

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

ALMAS GÉMEAS

"Booth: He said they are soul mates and that he will wait for however long it takes for her to get out.
Bones: Soul mates?
Booth: Soul mates... Yeah.
Bones: The idea of soul mates actually originated with Plato.
Booth: Yeah the clay that kids play with.
Bones: No, the... Oh...
Booth: What?
Bones: You're joking.
Booth: Me? Joke? No...
Bones: No, the ancient Greek philosopher. His theory was that humans originally consisted of four arms, four legs and two faces. Zeus was threatened by their power and split them all in half, condemning us all to spend our lives trying to complete ourselves."

('Bones', season 5, episode 15)

ISTO ESTÁ MESMO A CORRER BEM...

Estou aqui incapaz de fazer seja o que for, fascinada que estou com a ideia que se me meteu na cabeça de fazer uma viagem a Itália.

Eu tenho esta capacidade, de maravilhar-me com os sonhos que eu própria imagino.

sábado, 11 de setembro de 2010

ALGUÉM DEVIA ESTAR A ESTUDAR E NÃO ESTÁ...

Em compensação, está a ter um curso intensivo de Farmville. Amanhã, essa pessoa partilhará, decerto, os seus conhecimentos convosco. Que ela é assim: partilhadeira!

HÁ 9 ANOS, A ESTA HORA, NÃO SABÍAMOS

Mas o mundo, tal como o conhecíamos até então, estava a poucas horas de acabar.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

PARA O QUE ME DÁ A NEURA

Vou ali apanhar uma sessão da hora do almoço e ver se me animo que ao fim ao cabo tenho um magnifico fim-de-semana de estudo pela frente…

(O post acaba aqui que eu estou mesmo a regurgitar para o cesto dos papeis com a ideia de tal animação.)

CAN I TAKE YOU FOR A RIDE?

Gosto de pessoas que têm a vida perfeita e que acham – eu que não as leve a mal, claro – que eu estou é a arranjar desculpas para fazer as coisas exactamente da mesma forma que eles.

Oh meus amigos, quando quiserem calçar estes sapatinhos e darem uma voltinha, estão à vontadinha. Pode ser que eu aprenda como posso fazer melhor. Mas (não me levem a mal, tá?) eu acho que vou dar é umas valentes gargalhadas com a vossa carinha quando o calinhos começarem a doer. Como eu costumo dizer, nós só entendemos as reacções dos outros quando passamos pelas mesmas situações. Eu lembro, por exemplo, quando me separei, as minhas amigas casadas diziam que eu era parva, que não devia deixar isto, que não devia deixar aquilo. Hoje, algumas delas, confrontadas com a mesma situação, dizem que entendem tudo o que eu fiz.

É como eu digo: estão aqui os sapatinhos, dêem uma voltinha…

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

É SÓ UM FEELING...

Sabem aquela cena de o meu mundo ser redondinho e pequenino e girar e as coisas cairem todas no meu colo? Pois... Acontece-me com frequência. Assim, pelo menos, 3 vezes por semana. À conta disso, tenho para mim que há um senhor que, neste momento, se deve estar a sentir o Michael Douglas na Atracção Fatal. Eu não tenho culpa. Nem ponho coelhinhos na panela. Ele, que até sabe em primeira mão desta minha propensão para tropeçar nas coisas, no fundo sabe que não tenho culpa e que não ponho coelhinhos na panela. Mas também acho que não há gaijo nenhum da nossa geração que tenha visto a Atracção Fatal que não gele sempre que uma mulher lhe diz mais sobre a sua vida do que aquilo que ele pensaria/desejaria que ela soubesse.

Eu até considerei isto tudo. Mas valores mais altos se levantaram e o assunto era vital. E agora, se me dão licença, vou ali à cozinha que deixei qualquer coisita ao lume...

"BETTER OUT THAN IN, I ALWAYS SAY"*

Ontem eu dizia a alguém na sequência e por causa do post Nicola que tal como o Shrek, eu preferia deitar as coisas cá para fora. Guardar coisas e/ou mal-entendidos sem os esclarecer dentro de nós torna-nos amargos. Magoa-nos. E, às vezes, sem qualquer necessidade. Muitas vezes, são coisas facilmente solúveis e que só ganham importância porque não as dissemos. Porque as ficámos a remoer.

Hoje, quando estava a fazer a matrícula online para o meu último ano (já vos disse que sou finalista?), lembrei-me de um diálogo que me indispôs mas que eu não disse nada. Que calei em beneficio de um momento de paz. Que calei porque há dias em que me cansa. Mas ficou gravado no meu subconsciente. Tanto ficou que, hoje, ao fazer a escolhas que tinha a fazer, isso me veio à memória.

Amigo de Mente Quase Perigosa: E vais estudar nas férias?

Mente Quase Perigosa: Não. Mas tenho algumas decisões para tomar e tenho que pensar bastante e…

Amigo de Mente Quase Perigosa: Tens que decidir qual é o template novo do blogue, é?

E foi aqui que eu optei por ser a mulher fútil e gira e querida e arrumei o ser pensante que vive dentro de mim na gaveta e debati templates e conteúdos do blogue ainda que o meu template já tivesse sido alterado e eu não tivesse a mínima intenção de o alterar de novo, mas albarda-se o burro à vontade do dono, não? E, hoje, quando tive que fazer a derradeira decisão se iria fazer a parte teórica do Mestrado em simultâneo com o último ano, fi-lo sem saber a opinião de alguém que eu até valorizo. De alguém que sabe dar conselhos. De alguém ponderado que poderia dar uma visão dos prós e dos contras de ambas as opções. E isso, pelos vistos, marcou-me mais do que eu pensei na hora porque o que me veio à cabeça quando fiz a opção esta tarde, foi o playback desse momento e a pergunta: “Os gaijos criticam as mulheres porque são fúteis e só pensam em sapatos e vernizes, mas quando há a mínima hipótese de uma mulher querer falar de algo sério, eles começam a divagar sobre a diferença entre Manolo e Choo e as fúteis somos nós?”

*Shrek in ‘Shrek 1’

COISAS QUE ME DIZEM

“A Monica Lewinski já fez 37 anos. Parece que foi ontem que ela era uma miúda. Andava lá na Sala Oval de gatas, a meter tudo na boca…”

UM POST ALTAMENTE ESTÚPIDO MAS COM MENÇÕES LITERÁRIAS

A Ana Malhoa faz 25 anos de carreira. Estava eu na pré-adolescência e já ela andava a fazer pela vida.

E eu sei isto porque acabei de ver 2 minutos de um qualquer programa da tarde enquanto esperava para pagar o Fizz limão que fui comprar na esperança que o açúcar me desse a inspiração para escrever algo altamente intelectual e inteligente. Pois as não-sei-quantas calorias já se encontram alojadas ali a sul e a tal da inspiração, nem vê-la. E a única coisa que me vem à cabeça é um verso da Gertrude Stein: “A rose is a rose is a rose is a rose.” Pois… Não é grande espingarda, pois não? Mas é o mais elaborado que se me ocorre assim, de repente. E olhem que é raro eu ficar sem palavras. Mas hoje acordei assim.

HOJE É UM DAQUELES DIAS EM QUE NÃO ME APETECE ESCREVER AQUI

Mas com as miúdas todas ao estalo e à canelada e os miúdos a gozar e a dizer que é mesmo de gaija e que são parvas e tal e coiso e não percebem que um blog é só um blog e tal, alguém devia contribuir para o nível da coisa, não?

(Vocês sabiam que o Pedro Passos Coelho tinha sido casado com a Fá das Doce? Isto deixou-me obcecada desde que ouvi isso hoje de manhã…)

PEEP SHOW

Mente Quase Perigosa: E ele diz que houve um momento em que eu me cortei.

Amiga da Mente Quase Perigosa: Mas quando?

MQP: Pois se eu soubesse... Eu disse-lhe que nunca me tinha cortado e ele responde-me que talvez eu ache isso mas da perspectiva dele era diferente e que. se calhar, os homens e as mulheres têm perspectivas diferentes. 

AMQP:  E depois?

MQP: Disse-lhe que não fazia puto de ideia de que é que ele estava a falar. E não faço.

AMQP: E ele disse-te?

MQP: Não. Diz que assim sendo também não me ía dizer. Eu disse-lhe que ía, sim senhor, ou não me chamava eu Mente Maria.

AMQP: E então quando foi?

MQP: Não sei. Ele não disse.

AMQP: Não disse?????

MQP: Não. Mas agora também não vou mudar de nome, n'é?

AMQP: Odeio quando os gaijos fazem coisas à gaija...

MQP: Pois...

SE EU TIVESSE QUE ESCOLHER O HOMEM IDEAL...

Pois era...